28/01/2017 07:00
População de MS apoia projeto para presos pagarem 'estadias' em presídios
Projeto de lei que começou em MS prevê que detentos trabalhem para custear gastos no presídio
Projeto de lei do senador de Mato Grosso do Sul Waldemir Moka (PMDB), prevê que detentos paguem pela 'estadia' nos presídios. Caso o preso não tenha condições de bancar os gastos dentro da cadeia, ele terá que trabalhar para custear os valores. Em Campo Grande, a população apoia o projeto do político.
Para a dona de casa Rose Gonçalves, 53 anos, o projeto é válido e deveria ser aplicado em todos os presídios do país. "Tem que cobrar mesmo. Cada preso custa muito caro para o governo e eles vivem na mordomia. Colocar para trabalhar seria uma alternativa para diminuir os gastos", opinou.
Assim como Rose, o pintor automotivo André Luiz Vieira Leal, 38 anos, concorda com o projeto do senador. "Concordo plenamente. É o mínimo que eles podem fazer para ressarcir os gastos dentro do presídio e os danos que causaram aqui fora. Eu tenho que trabalhar para pagar minhas contas e eles também deveriam fazer o mesmo", ressaltou.
Além de reduzir os custos do governo, o projeto de lei também serviria para ressocializar os detentos, é o que defende o aposentado Luiz Vieira. "Eles precisam pagar pelo erro. Se dentro da cadeia eles podem estudar, também podem trabalhar e aprender uma profissão para quando saírem", explicou.
Proposta
Conforme o senador, o projeto de lei seria para custear o fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas oferecidas aos presos.
“É grave a situação do sistema prisional brasileiro. A principal razão está na falta de recursos para mantê-lo. Se as despesas com a assistência material fossem suportadas pelo preso, sobrariam recursos que poderiam ser aplicados em saúde, educação, em infraestrutura”, justifica Moka