há 7 anos
Obras de pavimentação paralisadas em Campo Grande totalizam distância entre Capital e Dourados
Na Capital, mais de 200 km de obras de recapeamento e pavimentação de vias estão paradas
As obras paradas para recuperar e pavimentar vias na Capital foram apontadas, em levantamento da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, como um dos principais projetos acumulados ao longo das administrações municipais. Somando 200 km, distância que em linha reta compreende o trecho entre Campo Grande e Dourados, essas obras precisam de, ao menos, R$ 311,7 milhões para serem concluídas.
Destas, 25 obras de pavimentação e infraestrutura estão paradas; duas licitadas e não iniciadas; 31 frentes de serviço por licitar e cinco em andamento. Conforme balanço divulgado pela prefeitura, para estas obras há um saldo de R$ 236,7 milhões de um financiamento de R$ 311,7 milhões contratado junto à Caixa Econômica Federal, do chamado PAC Pavimentação. Do valor emprestado, só foram investidos R$ 75 milhões, com 24% das obras executadas.
Faltam licitar as pavimentações dos bairros Nova Campo Grande (orçada em mais de R$ 80 milhões); Vila Nasser (R$ 15 milhões); José Tavares (R$ 12,6 milhões); Jardim Anache (R$ 7,8 milhões) e do Nova Lima, que só teve uma etapa licitada (R$ 20,9 milhões). Há outras cinco frentes de asfalto paradas: obras financiadas com recursos da União para atender o Jardim Nashivelle; Aero Rancho; Cidade Morena; além de drenagem no Jardim Botafogo e Residencial Ramez Tebet.
Obras em parques lineares também estão no pacote. Na região do Segredo a construtora desistiu e rescindiu o contrato que previa a ligação da Avenida Heráclito Figueiredo a região do Nova Lima. Também está neste pacote a urbanização do Córrego Bálsamo, com abertura de uma avenida que começa no macro anel rodoviário e termina na Avenida Guaicurus, perto do Museu José Antônio Pereira. A obra de R$ 40 milhões ficou travada porque a Prefeitura não concluiu a desapropriação de mais de 100 imóveis que ficam no trajeto do prolongamento da Rua Victor Meirelles, abaixo da Avenida Gury Marques.
Outro desafio é a conclusão do anel rodoviário, trecho entre a MS-080 (saída para Rochedo) e a BR-163 (saída para Cuiabá), que está 70% concluído. O prefeito Marquinhos Trad vai pedir junto ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), a prorrogação por mais 6 meses do convênio que vence em junho.
O maior entrave para conclusão da obra é a desapropriação de parte de propriedades que ficam no traçado da rodovia. Esta é a contrapartida da prefeitura, que nos últimos quatro anos não conseguiu concluir o processo. A obra foi orçada em R$ 27 milhões há sete anos e com as atualizações se aproximará dos R$ 30 milhões. A empreiteira já recebeu R$ 20 milhões e há um saldo de R$ 9,9 milhões.
Há mais R$ 141,1 milhões de obras do PAC Mobilidade Urbana para serem executadas. Deste total, R$ 110 milhões corresponde a um empréstimo contratado junto a Caixa Econômica Federal e R$ 31 milhões de contrapartida, para obras como a implantação de 60 quilômetros de corredores do transporte coletivo, um viaduto na rotatória da Avenida Interlagos com a Gury Marques, além da construção de quatro terminais e a reforma do terminal Morenão.