Polícia

há 8 anos

Câmeras de segurança podem ajudar em investigações sobre ex-vereador encontrado carbonizado

Polícia não descarta nenhuma linha de apuração sobre o que teria motivado o crime bárbaro

21/09/2016 às 15:02 | Atualizado Amanda Amaral e Kerolyn Araújo
Geovanni Gomes

Os policiais civis do Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros) já estão circulando pelas ruas de Campo Grande em busca de testemunhas do crime que resultou na morte de Alceu Bueno, ex-vereador pelo PSL. Câmeras de segurança de imóveis que ficam próximos ao local onde o corpo foi encontrado poderão ser o ponto chave das investigações a partir de agora.

Em coletiva de imprensa realizada na delegacia, a informação de que o corpo encontrado carbonizado na manhã desta quarta-feira (21) é mesmo do ex-político não foi confirmada, mas para o IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e familiares não há mais dúvidas.  Um detalhe importante para o reconhecimento do corpo foi um pino que a vítima tinha no braço, implantado após uma fratura.

O delegado Edison Santos disse que ainda é necessário que o instituto realize exames de digital para que haja certeza absoluta. “Até o final do dia vamos ter uma posição mais concreta sobre isso, mas há coincidências que ligam o desaparecimento dele com itens encontrados, como o celular queimado e um distintivo que usava quando era vereador, parcialmente queimado também”, disse.

 Para Santos, nenhuma possibilidade está descartada e a suspeita é de que a vítima não tenha sido morta no local. O veículo que era ocupado por Bueno, uma Land Rover, ainda não foi encontrada.

A filha do ex-vereador Thaisa Bueno, já depôs à Delegacia de Homicídios, localizada na Cepol (Centro de Polícia Especializada), na companhia da mãe e da advogada. Se for confirmada a identidade do corpo à delegacia, a família será chamada para depor novamente, desta vez ao Garras.

O caso

Uma pessoa foi encontrada com 98% do corpo carbonizado na Rua Avanhandava, no Parque dos Poderes. De acordo com o delegado titular da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Bairro Piratininga, Camilo Kettenhuber Cavalheiro, a vítima aparentava ser do sexo masculino, entre 30 e 40 anos.

Há indícios que Alceu tenha sido vítima de estrangulamento, uma vez, que o corpo estava com a língua protrusa (para fora). "Mas nós devemos trabalhar com todas as linhas de investigação, uma vez que pode ter sido um estrangulamento, ou uma desova, ou queimado", explica o delegado.