Política

20/08/2016 09:03

Filho de Andréia apenas estagiou para suposto laranja de casal Olarte, diz defesa

Jovem prestou depoimento em 10 minutos para o Gaeco

20/08/2016 às 09:03 | Atualizado Diana Christie e Rodson Willyams
Reprodução/YouTube

Durante depoimento, o filho da primeira-dama afastada, Andréia Olarte, um rapaz de 22 anos, afirmou que apenas trabalhou como estagiário em obra no residencial Dahma ligada a empreiteiro preso na Operação Pecúnia, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Segundo o advogado da família, Jail Azambuja, o jovem é estudante de arquitetura e estava dando assistência na construção de um dos imóveis registrados em nome de Evandro Simôes Farinelli, que foi apontado como ‘laranja’ da família Olarte.

O rapaz, que teve o nome preservado pela defesa, prestou esclarecimentos por cerca de 10 minutos na sede do Gaeco na manhã desta sexta-feira (19). De acordo com Jail, Andréia conversou com os investigadores um pouco antes, por volta de 40 minutos.

Em relação à primeira-dama afastada, o advogado reforça que Andréia negou as acusações e que todos os imóveis questionados pelo MPE (Ministério Público Estadual) foram declarados no imposto de renda da família. Ainda segundo Jail, as propriedades foram adquiridas antes mesmo de Gilmar Olarte assumir a prefeitura de Campo Grande. Veja o vídeo:

 

Operação Pecúnia

O casal Olarte foi preso na segunda-feira (15), quando foi deflagrada a Operação Pecúnia, juntamente com Evandro e Ivamil Rodrigues de Almeida. Eles são suspeitos de participação em crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.

As investigações tiveram início a partir dos dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de Andréia Olarte e de sua empresa, a Casa da Esteticista. 

De acordo com o MPE, entre os anos 2014 e 2015, enquanto Gilmar ocupava o cargo de prefeito, “sua esposa adquiriu vários imóveis na capital, alguns em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferências bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal”.

Evandro seria a “pessoa que cedia o nome para que as aquisições fossem feitas em nome de Andreia Olarte” enquanto Ivamil é apontado como o “corretor de imóveis e braço direito do casal nas aquisições imobiliárias fraudulentas”.