19/08/2016 08:40
STJ rejeita pedido de liberdade de Gilmar e Andréia Olarte
Eles estão presos desde segunda-feira, quando foi deflagrada a Operação Pecúnia
O STJ (Supremo Tribunal de Justiça) rejeitou na manhã desta sexta-feira (19) o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do prefeito afastado Gilmar Antunes Olarte e de sua esposa, Andreia, ambos do PROS. A decisão é do ministro Antonio Saldanha Palheiro e deve ser publicada na próxima terça-feira (23).
Eles estão presos desde segunda-feira (15), quando foi deflagrada a Operação Pecúnia, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). De acordo com as investigações, o casal é suspeito dos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.
Além deles, foram presos Evandro Simôes Farinelli e Ivamil Rodrigues de Almeida. No entanto, se o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) não converter a prisão temporária em preventiva, os quatro indiciados podem ser liberados ainda hoje.
As investigações tiveram início a partir dos dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de Andréia Olarte e de sua empresa, a Casa da Esteticista. De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), entre os anos 2014 e 2015, enquanto Gilmar ocupava o cargo de prefeito, “sua esposa adquiriu vários imóveis na capital, alguns em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferências bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal.”
“Para isso, o casal Olarte contou com a ajuda de Ivamil Rodrigues, corretor de imóveis e braço direito do casal nas aquisições imobiliárias fraudulentas e Evandro Farinelli, pessoa que cedia o nome para que as aquisições fossem feitas em nome de Andreia Olarte”, complementa a assessoria do MPE.