20/08/2016 11:32
Candidato pretende colocar fim em guerra de poderes
'Agnaldo da Prefeitura' afirma que prefeito e vereadores devem caminhar de mãos dadas
Dando início a campanha eleitoral na busca pelo cargo de vereador nas eleições de 2016, 'Agnaldo da Prefeitura' (PTB) garante que pretende acabar com a 'rixa' entre a Câmara Municipal e a prefeitura. De acordo com o candidato, a falta de diálogo entre os poderes gera prejuízos à população que clama por melhorias nos próximos anos.
"Nossa ideia é primeiramente representar a população e acima de tudo abrir a Câmara. Minha vida toda eu trabalhei com coletivo, tive condição de entender que qualquer situação que venha a dar certo, ela tem que ser feita pelo coletivo, não adianta ter cabeça se o corpo não está preparado para produzir. Aprendemos muito do que não fazer, temos que respeitar os poderes, executivo e legislativo, esse confronto só trouxe prejuízo, nasci aqui em Campo Grande achava na ascensão que vinha, achei que não passaríamos por esse tipo de problema, acreditava na evolução da cidade, mas nesses últimos anos a gente vem sofrendo bastante", diz o petebista.
Agnaldo destaca que trabalha há 34 anos na prefeitura e pretende utilizar a experiência no atendimento à população para legislar na Capital. "Vamos tentar usar da experiência no meio administrativo, tenho 34 anos de prefeitura, sempre voltado para o atendimento a população e nesse período fiz bons amigos, tenho um grupo de pessoas que hoje me requisitam para a política, eles me levaram a lançar candidatura, ciente de que é uma nova regra. Diante dessa situação é que estou me valendo".
Ao avaliar a gestão do pepista Alcides Bernal, Agnaldo diz que a máquina pública mostra inúmeros problemas. "Já fui chefe de várias divisões, nos principais setores da área tributária já fui responsável. Na realidade eu acho que essa gestão não precisa nem ser avaliada, está apresentada para a população a condição da máquina pública que apresenta inúmeros problemas, não queremos travar uma eleição de confronto porque ficou caracterizado que o confronto só traz prejuízo para todos".
Diante de todos os acontecimentos políticos envolvendo cassação, impeachment, o candidato acredita que o Brasil vive a pior fase política da história, que serve de alerta aos eleitores. "Estamos vivendo a pior época da política e isso tem influenciado muito nos que vem, se analisar de modo geral, ela veio para alertar a população da situação de que o mais importante dentro do processo é o eleitor e não o eleito. É importante frisar essa situação, só assim a corrupção deixa de existir, tendo o eleitor mais atento".
Para Agnaldo da Prefeitura, os vereadores perderam 4 anos de mandato ao cravar uma 'guerra' com o Executivo. "Os vereadores perderam o foco que era a política porque passaram o tempo meramente se defendendo e acusando, foi um mandato perdido no meu conceito. Eu acredito na renovação, tanto que hoje coloco meu nome a disposição. Essa é uma nova ideia, fala-se em renovação pelos bairros, acredito 100% em renovação. O próprio político que trouxe a política para essa situação. A política é feita para o coletivo e não interesses próprios e por isso hoje está desprivilegiada."
O candidato defende que o correto seria o político não cumprir muitos mandatos parlamentares. "Na realidade político não pode se perpetuar como função, um mandato só não é suficiente para colocar todas as ideias em prática, não podemos perpetuar a função de político, tem que ter um limite e um fim".
Questionado sobre a suspensão da taxa do Cosip, o parlamentar acredita que a prefeitura arrecada mais que investe. "Na realidade o Cosip para quem entende de processo legal, ela é uma taxa legal, ela tem que ser melhor analisada. Sugere-se uma arrecadação de R$ 5 milhões mês referente a Cosip, com gasto de R$ 1.200 milhão, então porque arrecadar R$ 3.800 milhões a mais. Isso que tem que ser analisado, todo e qualquer tributo tem que ser melhor analisado, melhor cobrado e bem investido. Na verdade a arrecadação tributária não tem cunho de enriquecimento e sim de manutenção da cidade. Acho que tem que fazer a arrecadação correta, justa. O munícipe não se importa de pagar, desde que seja da forma correta".