Polícia

16/08/2016 09:25

Andreia Olarte passa mal na prisão, recebe atendimento em hospital e vai para delegacia

Ex-primeira-dama do município ficou cerca de duas horas no presídio feminino

16/08/2016 às 09:25 | Atualizado Rodson Willyams
Geovanni Gomes

A ex-primeira-dama de Campo Grande, Andreia Olarte, do PROS, que teve a prisão temporária decretada pela Justiça Estadual, passou mal depois de permanecer por quase duas horas, no Presídio Feminino da Capital. A esposa do prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte, do PROS, apresentou uma indisposição e precisou ser encaminhada para o Hospital da Unimed, no final da tarde de segunda-feira (15).

A reportagem entrou em contato com a comunicação da Unimed que por sua vez, informou que não poderia passar nenhum tipo de informação em relação aos seus conveniados, no entanto, confirmou a entrada da paciente e ressaltou que a mesma já havia deixado a unidade.

Segundo informações da assessoria de imprensa da Agepen, a esposa de Olarte deixou a unidade prisional por volta das 16h30 e foi encaminhada ao Hospital. No entanto, a mesma não retornou ao Presídio Feminino e estaria ocupando uma das celas da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico).

O advogado do casal, Jail Azambuja, confirmou que a sua cliente passou mal, mas não revelou nenhum detalhe sobre o caso.

Prisão

Andreia junto Gilmar Olarte e mais duas pessoas foram presos na manhã de segunda-feira (15), todos são alvos de investigação referente à Operação ADNA. Os agentes do Gaeco cumpriram mandado de busca e apreensão de documentos, além da prisão temporária do casal expedido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Conforme o TJMS, "as prisões e os mandados de busca e apreensão foram expedidos no bojo de procedimento investigatório criminal conduzido pelo Gaeco, onde se apura a prática dos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica".

Os fatos teriam conexão com a Operação Adna, que tramita no Tribunal de Justiça, onde atribui o prefeito afastado a prática de crime de corrupção passiva. As investigações tiveram início a partir da quebra de sigilo bancário da empresa que pertence a Andréia, Casa da Esteticista, entre os anos de 2014 e 2015, enquanto Gilmar ocupava o cargo de Chefe do Executivo Municipal.

De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), enquanto Gilmar comandava a Capital, Andréia adquiriu diversos imóveis, alguns em nome de terceiros, com pagamentos de quantias elevadas, que intercalava entre dinheiro, transferências bancárias e depósitos, gerando incompatibilidade com a renda do casal.

Diante disso, o MPE chegou à conclusão que o casal contou com a ajuda de Ivamil Rodrigues, que é corretor de imóveis e braço direito da família nas aquisições imobiliárias fraudulentas. Evandro Farinelli foi apontado como sendo a pessoa que cedia o nome para que os imóveis fossem adquiridos para Andreia Olarte. Em razão disso, o casal permanece preso até o momento.