14/08/2016 19:07
Dudu diz que ficou no Palmeiras por não poder 'abandonar a torcida'
Após decidir com o Palmeiras que ficaria, Dudu teve uma conversa com Cuca, que resultou na sua escolha como capitão
Sem vencer há três jogos, o Palmeiras havia perdido a liderança do Brasileiro e Fernando Prass, machucado. Durante a fase mais complicada no campeonato, Cuca buscou novas lideranças, como Dudu, que na última rodada recebeu a tarja de capitão. Depois de cogitar sair para a China, o camisa 7 viu que teria de tomar a frente no elenco e deu a primeira resposta contra o Vitória, no domingo passado.
Neste domingo, às 18h30, contra o Atlético-PR, o atacante será titular e um dos principais nomes do Verdão para seguir líder e encerrar a invencibilidade do Furacão em casa. Há um mês, Dudu balançou após os chineses terem lhe oferecido um "caminhão de dinheiro". Segundo ele, porém, o ciclo no Verdão não está encerrado.
"Eu não poderia abandonar o clube que me deu carinho, a torcida que me abraçou, que me tratou muito bem aqui. Temos um projeto para este ano, quem sabe para o ano que vem também a gente possa fazer mais um projeto para a Libertadores. Aí, depois de ganhar estes títulos a gente pode sair com o dever cumprido", afirmou o atacante.
Após decidir com o Palmeiras que ficaria, Dudu teve uma conversa "de homem para homem" com Cuca, que resultou na sua escolha como capitão. Os detalhes deste papo não foram revelados nem pelo treinador, nem pelo camisa 7.
Para segurar um dos jogadores mais queridos pela torcida, o Palmeiras irá antecipar a compra dos outros 50% de seus direitos econômicos - o Verdão já tem 50%. O clube iria adquiri-los até o fim de 2018, mas no acordo firmado entre Palmeiras, Dínamo de Kiev (UCR), dono da metade restante, e a OTB, empresa que gerencia a carreira do atleta, caso chegasse uma proposta de ao menos 6 milhões de euros (R$ 21 milhões), como ocorreu agora, o Alviverde se comprometeu a comprar a fatia restante imediatamente, e já manifestou que fará isto.
Capitão ou não, Dudu é peça-chave no time que busca o título brasileiro após 22 anos e ele sabe disto. "Quero continuar aqui, comprometido por nossos objetivos", falou.
Confira a entrevista na íntegra:
Cuca falou que alguns jogadores ficaram balançados por propostas do exterior. Você era um deles?
Todo mundo, não só no futebol, como em qualquer empresa que vai receber uma proposta muito boa você vai dar uma balançada, uma pensada, a gente seguiu no Palmeiras. Isso (negociação para sair) para mim é passado.
Vendo a má fase em campo, a lesão do Prass, você sentiu que teria de tomar a frente, como um líder?
Acho que sim. O time não tinha jogado alguns jogos bem, eu não tinha disputado um bom futebol, mas espero que possa fazer um bom jogo como fiz contra o Vitória. Se eu vou ser capitão ou não, isso é o Cuca quem vai decidir, mas quero fazer um bom jogo agora contra o Atlético-PR.
Cuca disse que teve uma conversa de "homem para homem" com você antes de lhe fazer capitão. Como foi este papo entre vocês?
Foi uma conversa minha e dele, a gente não precisa expor, ele também não gosta disso. Ele (Cuca) quando fala com o atleta fica entre ele e eu, mas foi uma conversa boa, produtiva e espero que se ele contar comigo de capitão nos próximos jogos, eu possa ir bem e ajudar a equipe, como no domingo.
Qual a sua avaliação do primeiro turno do Palmeiras?
Poderia até estar melhor, quando tivemos chances de abrir cinco pontos para o segundo e não conseguimos, infelizmente. O campeonato está disputado, temos tudo para manter isso, para seguirmos na liderança.
O Palmeiras é o time a ser batido no segundo turno do Brasileiro?
O Palmeiras é, o Atlético-MG, o Santos, todos os times são. Nosso próximo adversário é o próximo a ser batido para continuar firme na briga pelo título. Temos de manter nosso estilo e cumprir o que o Cuca nos pede.