04/04/2016 09:46
Azambuja retoma obra do Aquário do Pantanal, mas não poupa críticas
Novela
A obra do Aquário do Pantanal, herança do ex-governador André Puccinelli (PMDB) e paralisada desde novembro do ano passado, foi finalmente retomada na manhã desta segunda-feira (4). O atual governador, o tucano Reinaldo Azambuja, assinou um termo para que os trabalhos sejam retomados.
Mesmo não concordando com a construção, Azambuja diz que vai finalizá-la em pelo menos 14 meses. "Sempre deixei claro que, se fosse para escolher, não investiria tanto dinheiro em uma obra assim, mas o governo vai terminar para que ela não se torne mais um elefante branco", destacou.
O reinício das obras ficou travado após problemas entre a empresa Egelte Engenharia Ltda e o governo do Estado, questão esta que foi solucionada no mês passado com o auxílio da Justiça, que estabeleceu um acordo entre o Poder Público e a construtora vencedora do certame.
"Conseguimos um acordo, encontramos um ponto de equilíbrio e nunca vou deixar de estabelecer meus pensamentos, nunca escondemos que terminaríamos esta obra, respeito as prioridades da gestão passada, mas não concordo. Agora, o objetivo é que o local se torne um atrativo turístico'', adiantou.
Quando a construção começou, Puccinelli disse que ela custaria R$ 84 milhões, mas a obra já passou dos R$ 200 milhões e está com 95% completa. O Estado destaca que vai ter a responsabilidade de terminar, ou seja, investir desde onde parou, mas os gastos da reforma ficaram para a empresa Egelte.
Segundo o secretário de obras, Marcelo Miglioli, a atual gestão fez um balanço dos gastos desde quando assumiu o governo.
"Quando o governador foi eleito em 2014, ele se reuniu com Puccinelli, que afirmou que não precisaria se preocupar, pois a obra seria concluída até o dia 31 de dezembro daquele ano. Mas, quando Reinaldo assumiu, a obra estava inacabada", lembrou.
Alguns vereadores e deputados estiveram na solenidade e foram testemunhas da assinatura do documento. Ainda conforme o secretário, qualquer ato realizado antes de 2015 ficará na responsabilidade do Ministério Público e do Tribunal de Justiça.