há 2 dias
Avó denuncia agressões contra neto em escola infantil em Campo Grande
Familiar alega estar sofrendo retaliações após ter questionado a direção após o neto ser mordido na EMEI

Avó de uma criança de 3 anos, Iolanda Barroso de Almeida, 53 anos, denuncia Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) na Vila Nhanhá, em Campo Grande, por supostos maus-tratos e retaliação.
Iolanda conta que tem autorização do filho e da nora para buscar o neto, já que os pais trabalham e não têm tempo para buscá-lo na escola. A criança frequenta a unidade há mais de dois anos e sempre foi animada e comunicativa, relatando normalmente seu dia à família. No entanto, recentemente, ao ser questionado pela avó, ele evitou falar. Só algumas horas depois confessou que um coleguinha o havia mordido.
Quando a avó perguntou por que ele não se defendeu, a resposta foi ainda mais preocupante: “porque a professora o batia”. Segundo Iolanda, o neto ainda demonstrou como a professora teria batido em sua mão.
“Em uma dessas agressões, meu neto reagiu para se defender, e a professora lhe desferiu um tapa na mão, dizendo que ele não deveria agir daquela forma”, relatou.
Diante da situação, Iolanda foi até a escola buscar esclarecimentos sobre as marcas de mordida no neto. A diretora afirmou que tomaria providências, mas, conforme a avó, nenhuma ação foi tomada. Em vez disso, o pai da criança foi chamado para uma reunião, onde, diz Iolanda, reclamações foram feitas contra ela.
Na ocasião, a família recebeu apenas duas opções: retirar a criança da escola ou designar outra pessoa para buscá-lo.
“Meu neto foi mordido duas vezes no mesmo dia, procurei a diretora e ela me disse que tomaria providências. E a solução que ela encontra é trocar meu neto de creche ou impedir que eu o busque? Ela deveria ter dado a opção de transferir meu neto de sala ou mudar a criança que o agredia. É inadmissível que eu não possa buscá-lo só porque reclamei das agressões”, desabafou.
Revoltada com a situação, Iolanda pede o afastamento da diretora da EMEI, acusando-a de negligência diante das agressões sofridas pelo neto.
“Quero que essa diretora seja afastada, pois ela não resolve os problemas e as reclamações que chegam até ela”, afirmou.
A reportagem entrou em contato com a Semed (Secretaria Municipal de Educação) para esclarecimentos. Em resposta, a Semed diz que os fatos em relação à avó do aluno não ocorreram como está mencionado no e-mail, porém, por responsabilidade quanto a preservação da criança e de seus familiares, os fatos estão sendo tratados internamente, com tudo registrado em ata, e um procedimento administrativo para averiguação, análise e demais encaminhamentos necessários já foi instaurado.
"A Semed reitera seu compromisso com a transparência e o bem-estar dos alunos, bem como seu respeito às decisões familiares, que são formalizadas junto à gestão escolar", acrescentou.
Matéria alterada às 14h49 de 19/3 para acréscimo da resposta da Semed