Campo Grande

há 1 dia

Idosa com AVC e doença grave aguarda há uma semana por vaga em hospital na UPA Coronel Antonino

Filha denuncia falta de cuidados adequados; idosa desenvolveu pneumonia e divide espaço com paciente com tuberculose

15/03/2025 às 15:15 | Atualizado 15/03/2025 às 14:03 Felipe Dias
A longa espera ela vaga hospitalar tem agravado ainda mais o estado de saúde da idosa - Repórter Top

Raimunda Ferreira Machado, de 74 anos, está internada há quase uma semana na área verde da UPA Coronel Antonino, em Campo Grande, aguardando transferência para um hospital. A idosa, que deu entrada na unidade no último domingo (9) com um quadro de AVC (Acidente Vascular Cerebral), tem diversas doenças crônicas e já desenvolveu pneumonia durante o período de espera.

A filha de Raimunda denuncia a falta de cuidados adequados e afirma que a idosa deveria estar em um setor com maior suporte médico. "Minha mãe tem problemas graves no pulmão e já entrou aqui com um começo de AVC. Agora, além disso, está com uma bactéria no pulmão", relatou.

Segundo a família, Raimunda foi colocada na área verde da unidade, destinada a pacientes menos graves, mesmo com um histórico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, falta de ar e tosse crônica. "Ela deveria estar na área amarela ou vermelha, mas está jogada aqui. Tem um rapaz com tuberculose junto, separado apenas por um pano. Isso é um absurdo", desabafa a filha.

A longa espera ela vaga hospitalar tem agravado ainda mais o estado de saúde da idosa. "Tem dia que ela está bem, falando, mas do nada piora. Esta noite, por exemplo, ela não dormiu. A língua enrolou, ela ficou delirando, desorientada". 

Apesar das queixas da família, a equipe médica informa apenas que é necessário aguardar uma vaga no hospital. "Já tem uma semana que ela está aqui na área verde, mesmo com o estado de saúde dela. Dizem que não é caso de área vermelha", afirma a filha.

Enquanto a transferência não acontece, os familiares se revezam para acompanhar a idosa. "Não deixamos ela sozinha", destaca a filha. Eles pedem providências para garantir o atendimento adequado a Raimunda, mas até o momento, não há previsão de quando a idosa será transferida para um hospital.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) foi procurada pela reportagem, mas, até o momento, não se pronunciou sobre o caso.