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'Minha sobrinha pode ser morta igual a Vanessa Ricarte', alerta Paulo Corrêa (vídeo)
Soltura e permissão para agressor ver filha revoltou familia da jornalista Nathália Corrêa

Deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB) alerta sobre os riscos da sobrinha dele, Nathalia Corrêa ser vítima de feminicídio, em Campo Grande. Ela foi agredida e o suspeito está solto, com permissão de se aproximar dela em razão de ter filha pequena em comum.
A agressão do músico Philipe Eugênio Calazans de Sales, 38 anos, contra a jornalista Nathália Corrêa ocorreu no dia 3 de março. No entanto, o caso veio à tona quando o agressor foi posto em liberdade, nesta quarta-feira (12), após recurso no Tribunal de Justiça. O envolvido é monitorado por tornozeleira eletrônica, mas isso não afasta o medo da vítima e familiares dela.
''... ele foi solto e teve garantido visita à filha deles, menor de 1 ano. O que o desembargador do caso quer? Que esse músico entre na casa e mate? Vocês têm que me ajudar, aqui quem fala é um tio desesperado'', desabafou o parlamentar.
Corrêa observou que o envolvido nunca pagou pensão alimentícia para a bebê e, apesar disso, poderá visitar a pequena colocando em risco a vida da mãe.
''... se ele entrar [na casa da vítima] ele vai matar. Qual é o próximo passo? A morte, claro'', desabafou novamente o deputado.
O parlamentar disse que essa sucessão de fatos precisa ser avaliada. Ele pediu ajuda aos colegas da Assembleia que assinem um pedido para que a Corte reveja as situações de liberdade aos agressores.
Lídio Lopes comentou que é temerário liberar alguém em casos como esse, que são passionais.
''liberar no período que ainda não foi condenado é deixar a sociedade sem um resposta a esse problema eminente'', lamentou Lídio.
Outro ponto de queixa de Corrêa foi que a delegada que atendeu o caso da sobrinha dele é a mesma que recepcionou a jornalista Vanessa Ricarte na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, a DEAM. O tratamento dispensado a Vanessa foi exposto por ela mesma antes de morrer e gerou críticas sobre a atuação das delegadas.
A reclamação do parlamentar se estende ao fato que o sobrinho dele e irmão de Nathália foi registrar a queixa pela irmã e acabou indiciado.
''Meu sobrinho pode ser preso e quem bateu na irmã dele está solto'', refletiu o deputado. Pedrossian Neto também fez críticas e chegou a pedir o afastamento da delegada envolvida.