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Polícia

há 1 dia

'Minha sobrinha pode ser morta igual a Vanessa Ricarte', alerta Paulo Corrêa (vídeo)

Soltura e permissão para agressor ver filha revoltou familia da jornalista Nathália Corrêa

13/03/2025 às 17:16 | Atualizado 13/03/2025 às 17:44 Thiago de Souza
Paulo Corrêa teme por vida da sobrinha - Reprodução Instagram

Deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB) alerta sobre os riscos da sobrinha dele, Nathalia Corrêa ser vítima de feminicídio, em Campo Grande. Ela foi agredida e o suspeito está solto, com permissão de se aproximar dela em razão de ter filha pequena em comum. 

A agressão do músico Philipe Eugênio Calazans de Sales, 38 anos, contra a jornalista Nathália Corrêa ocorreu no dia 3 de março. No entanto, o caso veio à tona quando o agressor foi posto em liberdade, nesta quarta-feira (12), após recurso no Tribunal de Justiça. O envolvido é monitorado por tornozeleira eletrônica, mas isso não afasta o medo da vítima e familiares dela. 

''... ele foi solto e teve garantido visita à filha deles, menor de 1 ano. O que o desembargador do caso quer? Que esse músico entre na casa e mate? Vocês têm que me ajudar, aqui quem fala é um tio desesperado'', desabafou o parlamentar. 

Corrêa observou que o envolvido nunca pagou pensão alimentícia para a bebê e, apesar disso, poderá visitar a pequena colocando em risco a vida da mãe. 

''... se ele entrar [na casa da vítima] ele vai matar. Qual é o próximo passo? A morte, claro'', desabafou novamente o deputado. 

O parlamentar disse que essa sucessão de fatos precisa ser avaliada. Ele pediu ajuda aos colegas da Assembleia que assinem um pedido para que a Corte reveja as situações de liberdade aos agressores. 
Lídio Lopes comentou que é temerário liberar alguém em casos como esse, que são passionais. 

''liberar no período que ainda não foi condenado é deixar a sociedade sem um resposta a esse problema eminente'', lamentou Lídio. 

Outro ponto de queixa de Corrêa foi que a delegada que atendeu o caso da sobrinha dele é a mesma que recepcionou a jornalista Vanessa Ricarte na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, a DEAM. O tratamento dispensado a Vanessa foi exposto por ela mesma antes de morrer e gerou críticas sobre a atuação das delegadas. 

A reclamação do parlamentar se estende ao fato que o sobrinho dele e irmão de Nathália foi registrar a queixa pela irmã e acabou indiciado. 

''Meu sobrinho pode ser preso e quem bateu na irmã dele está solto'', refletiu o deputado. Pedrossian Neto também fez críticas e chegou a pedir o afastamento da delegada envolvida.