Polícia

há 1 dia

'Que justiça é essa?', diz irmã de Reginaldo após saber da pena reduzida de assassina

Família diz que se sentiu injustiçada ao saber que Luciana foi para o regime semiaberto

15/03/2025 às 07:00 | Atualizado 15/03/2025 às 09:33 Vinicius Costa
Luciana e Reginaldo foram casados por 10 anos - Repórter Top/Arquivo da Família

A notícia de que Luciana Duarte Grubert, de 50 anos, teve a pena reduzida e foi para o regime semiaberto em Campo Grande, não foi aceita pela família de Reginaldo Amaral Paes, que sentiu lesada e injustiçada com o movimento feito pela Justiça de Mato Grosso do Sul.

"Que justiça é essa? Não houve, eu acho que não houve, acho não, tenho certeza que não houve justiça no caso da morte do meu irmão", disse a irmã da vítima, que preferiu não se identificar, ao TopMídiaNews.

Como noticiado pela reportagem no final de fevereiro, Luciana tinha uma condenação de 8 anos e 6 meses a ser cumprida, contudo, conquistou o direito de redução de pena, após a apelação da defesa, saindo do regime fechado para o semiaberto.

A irmã relatou que a família perdeu um membro, enquanto a mulher "fica impune". "Ela vai ter que assassinar outra pessoa, vai ter que fazer de novo para ela poder pagar por um crime que ela cometeu com meu irmão?", questiona a familiar.

O sentimento de injustiça pairou na família de Reginaldo devido ao carinho que cada um sentia por ele, mas que, segundo a irmã, teve a vida tirada por Luciana. "A gente está sentindo injustiça, a gente queria justiça, que ela pagasse, tudo que fez meu irmão, porque é doído. A gente perdeu meu irmão, uma pessoa que a gente amava muito, e saber que a mulher que fez isso com ele está aí, solta, no semiaberto".

A irmã ainda lembra que Reginaldo não era uma pessoa violenta, sendo que, na verdade, a então companheira dele, Luciana, que era violenta, possessiva e que até proibia a vítima de ir à casa da mãe, também havendo agressões por parte dela contra ele.

O crime 

Segundo testemunhas, Luciana e Reginaldo discutiram, no comecinho da manhã do dia 25 de janeiro, quando foram ouvidos gritos de socorro. A vítima, mesmo esfaqueada, contou que a esposa o teria esfaqueado. 

A Polícia Militar atendeu a ocorrência e viu a esposa de Reginaldo passando uma pomada no peito dele, enquanto o marido agonizava. 

O socorro foi acionado e Reginaldo levado ao hospital, onde ficou internado por cerca de cinco horas e não resistiu.