há 11 horas
Transexuais que mataram Pamela incendiada continuarão presas em Campo Grande
Justiça transformou as prisões em flagrante em preventiva pela "prática de crime violento", deixando de lado a primariedade das acusadas
As duas transexuais presas pelo crime de homicídio praticado contra Pamela Mirella, de 31 anos, que teve 90% do corpo incendiado, no último final de semana, continuarão presas por decisão da justiça após audiência de custódia na manhã desta terça-feira (21).
Sem titubear em relação à primariedade das acusadas, a juíza Eucelia Moreira Cassal entendeu que o crime praticado é tão violento é "suficiente para sua segregação", afirmando também que ambas possuem personalidade voltada a essas situações.
Elas foram presas na madrugada de segunda-feira (20), durante investigação da Polícia Civil, que recebeu denúncia sobre o paradeiro das duas e rapidamente conseguiram detê-las.
Segundo consta no boletim de ocorrência, Pamela Mirella estava em uma boate com uma amiga, quando se desentendeu com outras duas travestis. A briga levou a expulsão das três do local devido à confusão criada.
Irritada com a discussão, A.D.S.S, em prévio ajuste de vontade com H.R.G.S, durante a manhã, foi até um posto, adquiriu um galão de gasolina e se dirigiu até a casa da vítima.
Lá chegando, chamou por ela e, quando a vítima chegou no portão, despejou toda a gasolina próximo a seu corpo, ateando fogo em seguida. A travesti foi socorrida pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e seguia internada na Santa Casa, em estado gravíssimo, com 90% do corpo queimado, mas não resistiu durante essa terça-feira e teve o óbito declarado.
Ela sofreu queimaduras no rosto, pescoço e peito e as duas acusadas devem responder por homicídio qualificado.