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há 10 horas

Justiça mantém condenação de ex-diretor que desviou dinheiro da Câmara para ex-esposa em Guia Lopes

Ele também fraudou empréstimo consignado em nome de servidor exonerado

21/01/2025 às 16:47 | Atualizado 21/01/2025 às 15:13 Thiago de Souza
Ex-diretor cometeu crime de peculato - ilustrativa - Reprodução CMGLL e André Ávila - Agência RBS

Ex-diretor administrativo e financeiro da Câmara Municipal de Guia Lopes da Laguna, identificado apenas pelas iniciais ''S.F.V.'', teve recurso negado e segue condenado por desviar dinheiro público da Casa de Leis, em proveito dele e de terceiros. Uma das beneficiadas no esquema foi a ex-esposa dele. 

O então servidor foi condenado em primeira instância pelos crimes de peculato em continuidade delitiva por se apropriar do dinheiro público, pagar gratificações indevidas e incluir um ''fantasma'' na folha de pagamento do Legislativo Municipal. 

O condenado apresentou recurso ao Tribunal de Justiça de MS, analisado na 3ª Câmara Criminal e que negou o pedido. ''S.F.V.'' alegou insuficiência de provas, pediu redução da pena-base e atenuante de confissão espontânea. A decisão se deu por unanimidade nos termos do voto do relator. 

Ainda segundo o processo, o desembargador-relator destacou que há fartura de provas documentais e testemunhas comprovando os desvios de dinheiro. 

O caso 

O TJ concluiu que ''S.F.V.'', sem conhecimento ou consentimento da Câmara Municipal, usou do cargo e promoveu empréstimos consignados, que não foram descontados do salário dele, se apropriando de R$ 82.775,06. A transação foi feita em nome de um servidor já exonerado e gerou prejuízo de R$ 11.004,90. 

O réu também se apropriou de gratificação mensal indevida de R$ 850 na folha da Câmara, deixando prejuízo de R$ 7.650. Ainda na denúncia, consta que o ex-diretor incluiu a ex-companheira na folha de pagamento do legislativo, sendo que ela não tinha vínculo formal com a Casa. O prejuízo foi de R$ 10.349,06. 

No caso da ex-companheira, os desembargadores mostraram que o argumento que a beneficiada prestou serviços rápidos para a Câmara não prospera em razão da longa duração dos pagamentos e a não comprovação de vínculo formal dela. 

O espaço está aberto para manifestação dos envolvidos.