Política

há 4 horas

Nelsinho gasta R$ 803 mil de cota e é o mais caro do Senado de MS

Maior gasto de Trad foi para divulgar as próprias ações, com R$ 211 mil

20/01/2025 às 09:30 | Atualizado 20/01/2025 às 11:51 Thiago de Souza
Nelsinho gastou mais entre os três senadores - Reprodução Instagram e MPE-MS

Senador Nelsinho Trad (PSD) é o campeão de gastos da cota parlamentar da bancada de Mato Grosso do Sul no Senado Federal. Em 2024 ele torrou cerca de R$ 803 mil com despesas do mandato. 

Os números estão no portal do Senado Federal e se referem à Cota para Exercício da Atividade Parlamentar. O site traz gastos com aluguel de imóveis para escritório político, hotéis, locomoção, divulgação da atividade legislativa e passagens aéreas. 

No detalhamento das despesas, o site traz que o maior dos gastos de Trad foi com a ''divulgação da atividade parlamentar'': R$ 211.740. Em seguida vem ''contratação de serviços de apoio parlamentar'': R$ 144.306,16 e ''aluguel de imóveis para escritório político'': R$ 75.692,34. O parlamentar não gastou nada com segurança privada.  

Em outro bloco de despesas, o senador do PSD gastou mais R$ 366.082,01 referente a passagens aéreas R$ 110.093,86, correios e ''outros materiais''. 

Soraya 

A senadora Soraya Thronicke (Podemos) – que se elegeu com a bandeira de Jair Bolsonaro – mas depois se alinhou com interesses do Governo Lula (PT) - foi a segunda mais dispendiosa. As atividades dela custaram R$ 613.124. Os maiores gastos foram com locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis, com R$ 184.313 e passagens aéreas, com R$ 141.250. 

Segurança 

Ao contrário de Nelsinho, Thronicke gastou R$ 12 mil com segurança privada. 

Tereza

A senadora Tereza Cristina (Progressistas) foi a mais econômica do trio de senadores. Eleita em 2022, a parlamentar gastou R$ 315.057, o dobro a menos que o colega Nelsinho. As maiores despesas dela foram contratação de serviços para atividade parlamentar, com R$ 98.111,09, locomoção e hospedagem, R$ 79.047,72 e passagens aéreas R$ 44.729,30. 

Réu 

Nelsinho Trad responde por diversas ações de improbidade administrativa, sobretudo relacionadas aos mandatos de prefeito de Campo Grande, de 2005 a 2013. Um deles trata de conluio para fraudar licitações e superfaturar serviços de recapeamento e pavimentação asfáltica na cidade. Ele tem milhões em valores bloqueados pela Justiça para fins de ressarcir os cofres públicos. 

O espaço está aberto para manifestação dos parlamentares citados.