Fronteira

há 6 horas

Morto em tiroteio na fronteira, 'Polaco' era dono de fazenda onde dois foram assassinados há 2 anos

Na época, dois trabalhadores morreram, mas 'Polaco' era o alvo do ataque; ele morreu neste sábado, em tiroteio durante partida de futebol

19/01/2025 às 12:51 | Atualizado 19/01/2025 às 12:58 Felipe Dias
'Polaco' foi executado durante uma partida de futebol - Divulgação/Repórter Top

Alcides Nelson Gonzales Diarte, conhecido como "Polaco", um dos mortos no tiroteio que deixou três vítimas fatais e quatro feridos no Paraguai, neste sábado (18), era proprietário de uma fazenda onde dois homens foram assassinados em junho de 2023. Ele foi assassinado em troca de tiros próximo à fronteira com Bela Vista.

No dia 16 de junho de 2023, dois homens foram encontrados mortos em uma propriedade rural pertencente a "Polaco". Os corpos apresentavam sinais de execução, o que na época levou a polícia a investigar o envolvimento de facções criminosas ou acertos de contas relacionados ao narcotráfico.

Ambas as vítimas trabalhavam, na fazendo. Segundo investigações da polícia, na época, 'Polaco' era o alvo da execução. Ele, no entanto, não foi ferido.

Neste sábado, 'Polaco' foi executado durante uma partida de futebol no Campo do Sênior, no bairro San Clemente Maria, em Sargento José Félix López, cidade paraguaia próxima à fronteira com Bela Vista. Cinco homens armados chegaram ao local em uma caminhonete Hilux.

Um deles sacou uma pistola e abriu fogo contra a torcida, iniciando um confronto que se transformou em um tiroteio generalizado. Um homem reagiu, e policiais que estavam no local também trocaram tiros com os pistoleiros.  

No final do ataque, três pessoas estavam mortas, incluindo 'Polaco' e um dos pistoleiros. Entre os feridos, estavam dois policiais – Nestor Gonzales e Atílio Bogarin – além de dois torcedores, que foram socorridos ao Hospital Regional de Bella Vista.  

Polícia acredita que mortes podem estar ligada a disputas territoriais. Outra vítima do tiroteio, Antonio Rodas Sanabria, havia sido preso até o final de 2023 por envolvimento no assassinato de três policiais, o que reforça a hipótese de que o ataque possa estar relacionado a acertos de contas entre facções criminosas.

Diante do massacre, a Polícia Nacional do Paraguai reforçou a segurança na região da fronteira, temendo novas represálias. As investigações seguem em andamento.