In Memoriam

há 18 horas

Théo foi agraciado com dois doadores de medula, mas doença rara o levou após 9 meses de luta

Menino partiu com 1 ano e 3 meses, mas deixou lição de amor e perseverança

18/01/2025 às 07:00 | Atualizado 18/01/2025 às 10:04 Dayane Medina
Reprodução/Repórter Top

Um ano e dois meses depois de perder o filho, Théo Jordi Estigarribia Espinoza para uma doença rara, a Funcionária Publica, Tamia Estigarribia Ikeda, lembra com amor das pessoas que fizeram a diferença na vida da família ao serem doadoras de medula ao pequeno.

Théo nasceu em agosto de 2022 e com seis meses de vida a família descobriu que ele tinha a Síndrome Hemofagocítica, condição rara e grave que se caracteriza por uma ativação excessiva do sistema imunológico.

Desde a descoberta, os familiares que moravam em Port Murtinho mudaram para Campo Grande para tratar o menino e depois de longos meses de espera por um doador, foram para São Paulo.

Segundo a mãe, foram 9 meses de espera até encontrar um doador compatível. "O primeiro doador foi encontrado em agosto de 2023, mas pouco tempo depois descobrimos que o doador foi descartado, um misto de alegria e desespero em pouco tempo", lembra.

Em poucos dias a esperança da família foi renovada com a descoberta de um novo doador que, assim como o anterior, estava 100% compatível com Théo. 

"Théo internou em outubro de 2023 no Hospital GRAACC, em São Paulo, para dar início ao tratamento, que envolvia quimioterapia e o aguardado transplante. No 28 de outubro, Théo recebeu a medula e parecia estar indo bem. Mas houve complicações e ele desenvolveu Doença Veno-Oclusiva no fígado, uma condição que era esperada devido à intensidade da quimioterapia e à gravidade da doença", lembra Tamia.

O pequeno guerreiro ainda lutou por mais alguns dias, mas no dia 8 de novembro, Théo foi intubado e faleceu no dia 9 de novembro de 2023.

Mesmo com a perda do filho e os questionamentos se a família soubesse que ele poderia morrer por desenvolver uma doença pós-tratamento, a mãe afirma que o levaria para o transplante novamente.

"Ele não morreu por conta do transplante, pelo contrário, ele teve a chance de viver, e isso nos dá força. Théo não só teve a sorte de encontrar dois doadores compatíveis, ele teve chance de vida, coisa que muita gente na fila de espera não tem. O transplante salva vidas, e a busca por doadores é uma luta de todos, esperamos que a história dele toque mais e mais pessoas para se tornarem doadores, é um ato de generosidade", diz a mãe.