Campo Grande

há 15 horas

Justiça mantém prisão preventiva de marido que matou esposa no Mata do Segredo

Claudinei Aparecido está preso desde outubro, quando cometeu feminicídio de Lucilene Freitas dos Santos

09/01/2025 às 15:00 | Atualizado 09/01/2025 às 17:02 Felipe Dias
O caso ocorreu no 10 de outubro, na casa da família - Repórter Top

Claudinei Aparecido da Silva, 28 anos, acusado de matar a tiros a companheira Lucilene Freitas dos Santos, teve a prisão preventiva mantida, nesta terça-feira (7), após decisão da Justiça. Ele está preso desde outubro, quando cometeu o feminicídio.

O caso ocorreu no 10 de outubro, na casa da família, na Rua Brazzaville, no bairro Mata do Segredo, em Campo Grande. Segundo os autos do processo, Claudinei e Lucilene mantinham um relacionamento de mais de dez anos, compartilhando a criação de quatro filhos, todos menores de idade.

Na noite do crime, após um churrasco em família, o casal teve uma discussão que terminou com o disparo contra Lucilene. A vítima chegou a ser socorrida pela filha mais velha, de 12 anos, mas não resistiu aos ferimentos.

Após o crime, Claudinei fugiu sem prestar socorro. No entanto, ele foi preso três dias depois por uma equipe do Batalhão de Choque da Polícia Militar, na casa de um parente no Estrela Dalva.

Em depoimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), a filha do casal disse em primeiro momento que o pai estava brincando com a arma quando a mãe passou na frente e houve o disparo. No entanto, ao passar por um depoimento especializado, bastante emocionada, ela contou que o pai mentiu e que antes de fugir, pediu para ela dizer à polícia que o caso teria sido um acidente.

Após as investigações policiais, a Promotoria de Justiça ofereceu denúncia por feminicídio qualificado, com os agravantes de violência doméstica e prática do crime na presença dos filhos. Além disso, Claudinei foi enquadrado por porte ilegal de arma de fogo.

Depoimentos de testemunhas, entre elas familiares da vítima e de Claudinei, reforçaram as evidências de que ele foi o autor do crime. Laudos periciais e registros fotográficos do local do feminicídio também reforçaram os relatos.

Com base nas evidências, o juiz entendeu que os fundamentos que justificaram a prisão preventiva permanecem presentes, desse modo, ele manteve a prisão de Claudinei. 

A decisão judicial foi fundamentada no risco que a liberdade de Claudinei representa para os familiares da vítima. A manutenção da prisão também busca evitar a obstrução das investigações e garantir que o acusado compareça ao julgamento.