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Jovem deficiente acusa gerente de farmácia de discriminação em Campo Grande
Vítima relata há aproximadamente quatro meses vem tendo problemas de relacionamento profissional e sendo perseguido pela gerente
Estoquista de 26 anos procurou a delegacia, na tarde desta terça-feira (8), relatando que é discriminado e maltratado pela gerente da farmácia onde trabalha, em Campo Grande. O motivo seria a deficiência que possui.
Conforme a vítima, em boletim de ocorrência, há aproximadamente quatro meses vem tendo problemas de relacionamento profissional com a gerente. Segundo ele, ela não responde bom-dia, se refere a ele com grosseria e faz comentários com outros funcionários e sorrisos.
Ele ainda conta que procura sempre fazer um bom trabalho, mas sempre a gerente acha um motivo para reclamar e corrigi-lo. No entanto, na tarde desta terça-feira, faltando 10 minutos para o enceramento do turno, ela teria pedido para que ele fosse até outra unidade da rede buscar um medicamento.
Como já estava muito próximo do fim do turno, a vítima disse que não iria e foi arrumar os pertences. A gerente, então, teria o puxado pelo ombro com forca, inclusive utilizando as unhas, e mandou ele ir, mesmo com ele alegando que o horário estaria acabando e teria compromisso.
Segundo o rapaz, ele já solicitou ao supervisor que fosse transferido de unidade, mas teriam o dito que não havia necessidade. Ele acredita que o problema e motivação dos assédios seja o fato de que os demais funcionários não entendem a linguagem de sinais e eles sempre pedem para que ele escreva em um papel.
Ainda segundo o jovem, devido ao trabalho, está tomando remédios para problemas no ombro e que deixou isto avisado, porém, mesmo assim, toda vez que chega caixas pesadas, pedem para ele carregar.
O caso foi registrado como prática, indução ou incitação a discriminação de pessoa em razão da deficiência.