Polícia

há 1 dia

Moraes mantém prisão dos irmãos Brazão pelo assassinato de Marielle Franco

A dupla está presa desde março de 2024

24/12/2024 às 09:50 | Atualizado 24/12/2024 às 07:51 Carla Andréa
Ministro do STF, Alexandre de Moraes - Rosinei Coutinho/SCO/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu manter a prisão preventiva dos acusados de serem mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

A decisão foi assinada no sábado (21) e divulgada nesta segunda-feira (23). Os acusados, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, estão presos desde março deste ano em presídios federais.

A investigação da Polícia Federal aponta que o assassinato de Marielle Franco teria relação com seu posicionamento crítico contra os interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão.

Este grupo estaria envolvido com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio de Janeiro. A delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato, revelou que os irmãos Brazão e Barbosa atuaram como mandantes do crime.

Segundo Lessa, Barbosa teria sido diretamente envolvido nos preparativos da execução de Marielle.

Desde o início das investigações, os acusados negaram qualquer envolvimento no crime. A prisão dos três foi mantida pela decisão de Moraes, que considera a necessidade de sua permanência em custódia devido à gravidade das acusações e à possível interferência nas investigações.

Em novembro deste ano, os réus Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, ex-policial que dirigiu o carro usado no crime, foram condenados pelo 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Lessa recebeu uma pena de 78 anos, nove meses e 30 dias de prisão, enquanto Queiroz foi sentenciado a 59 anos, oito meses e dez dias.