Cidades

há 11 horas

Dezembro sangrento: BR-163 registrou ao menos 13 mortes em 22 dias em MS

Acidentes graves são comuns ao longo dos 845 km da rodovia, que acumula reclamações por falta de viadutos e duplicações

22/12/2024 às 18:10 | Atualizado 22/12/2024 às 15:17 Felipe Dias
Acidente com duas mortes em Bandeirantes, nesta quinta (19) foi um dois com morte no memso dia - Repórter Top

Em apenas 22 dias de dezembro, a BR-163 em Mato Grosso do Sul registrou ao menos 13 mortes em acidentes que chocaram pela gravidade. Acidentes graves são comuns ao longo dos 845 km da rodovia, que acumula reclamações por falta de viadutos e duplicações.

A primeira morte do mês na rodovia foi ocorreu no dia 2 de dezembro, quando um grave acidente entre uma caminhonete e um caminhão deixou três idosos mortos no trecho entre São Gabriel do Oeste e Bandeirantes. As vítimas, com idades entre 67 e 89 anos, estavam em um dos veículos que bateu frontalmente no quilômetro 577 da rodovia. O impacto destruiu ambos os veículos, causando mortes instantâneas.

Menos de uma semana depois, no mesmo trecho, no dia 8 de dezembro, uma batida entre um caminhão e um ônibus escolar que transportava 16 pessoas, incluindo 11 atletas, terminou com a morte de duas jogadoras de futsal. O acidente aconteceu quando a motorista do ônibus tentava acessar a BR-060. O entroncamento entre as duas BRs é conhecido pelos acidentes frequentes.

Kamilly Camargo, de 17 anos, e Marcela Andressa, de 30, morreram no acidente. Cinco pessoas ficaram gravemente feridas e outras cinco em estado menos crítico, mas que exigia atenção. A tragédia abalou a comunidade esportiva do estado e a cidade de Camapuã, de onde as vítimas eram.

Na manhã de 12 de outubro, Hélio Sapiência, de 65 anos, foi a sexta pessoa a morrer na BR-163, após ser atingido por uma carreta próximo à rotatória de um posto de combustíveis, em Coxim. O motociclista, que trafegava no sentido Silviolândia a Coxim, foi atingido ao tentar atravessar a pista. O impacto causou múltiplas fraturas, levando à morte no local.

Três dias depois, no dia 15, Vitor Afonso Ferreira Barbosa, de 30 anos, morreu após ser atingido por uma Van e atropelado na sequência, também em Coxim. O acidente ocorreu no quilômetro 728 da BR-163.

Vitor pilotava uma moto Yamaha que foi atingida na traseira pela Van conduzida por um homem paraguaio. A motocicleta ainda bateu em um Ford Fiesta antes de Vitor cair na pista e ser atropelado.

No dia 18, a tragédia ocorreu no município vizinho de Sonora. O acidente envolveu um caminhão e uma caminhonete e provocou as mortes de Luzimar Costa da Silva, de 40 anos, Maria Eduarda Ruppenthal, de 19, e Miguel Ruppenthal Gomes, de 10. As três vítimas, da mesma família, estavam na caminhonete que bateu frontalmente com o caminhão após o estouro de um pneu.

O acidente ocorreu no quilômetro 577, no sentido Coxim a Sonora. As vítimas fatais eram mãe, filha e neto. O motorista do caminhão teve ferimentos leves, enquanto outros dois ocupantes da caminhonete foram socorridos em estado grave.

A última quinta-feira (19), dois graves acidentes marcaram a rodovia. Em Bandeirantes, Meire Lourdes da Rocha, de 65 anos, e Rodrigo Domingos da Rocha, de 35, morreram em uma colisão frontal entre dois carros. As vítimas, tia e sobrinho, estavam em um dos veículos envolvidos. Outras duas pessoas foram socorridas e encaminhadas à Santa Casa de Campo Grande.

Já em Caarapó, Geicilene Alves de Menezes Maciel, de 29 anos, morreu ao ser atingida por uma caminhonete Ford Ranger. A vítima foi arremessada para fora da pista e morreu no local.

O motorista da caminhonete fugiu após o acidente. Geicilene, mãe de três filhos, planejava uma viagem com a família para este domingo (22).

A CCR MS Vias, concessionária que administra a rodovia, foi questionada a respeito do alto número de acidentes na BR-163 e se há algum plano de ação efetivo para mitigar os riscos na rodovia. Não houve respostas até a publicação desta matéria.