Campo Grande

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Justiça nega transferência de faccionado preso em MS e acusado de promover chacina no Ceará

Ele está preso há 6 meses em Campo Grande após ser capturado tentando fugir para a Bolívia

18/12/2024 às 19:00 | Atualizado 18/12/2024 às 10:53 Felipe Dias
A prisão ocorreu em ação conjunta com as forças de segurança do Ceará - Divulgação/G1CE

Alberto José dos Santos Silva, acusado como mandante do assassinato de oito pessoas em uma chacina ocorrida no interior do Ceará, teve o pedido de transferência recusado pela Justiça. Faccionado, ele está preso há 6 meses em Campo Grande após ser capturado tentando fugir para a Bolívia.

Considerado o mandante da chacina, Alberto está preso desde o dia 27 de junho, quando foi capturado em Jaraguari. Ele tentava fugir para a Bolívia, conforme a Sejusp (Secretaria da Segurança Pública). A prisão ocorreu em ação conjunta com as forças de segurança do Ceará.

Desde então, Alberto está preso preventivamente em Campo Grande e é considerado um detento de alta periculosidade pela Justiça. Ele possui passagens por tráfico de drogas, roubo, furto de veículo e posse e porte ilegal de arma de fogo.

Alegando possível represália da facção rival, a defesa de Alberto entrou com um pedido na Justiça para que ele fosse transferido de presídio. O pedido, no entanto, foi negado pelos magistrados.

Segundo os desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que avaliou o pedido, a movimentação de detentos para outras unidades prisionais "está sujeita aos critérios de oportunidade e conveniência da Administração Pública, devendo, portanto, o interesse público predominar sobre o interesse particular".

Os magistrados também destacaram que a movimentação não é um direito absoluto do detento. Além disso, pesou na decisão o fato de Alberto ser supostamente o mandante da chacina, ser faccionado.

"As circunstâncias revelam que se trata, em princípio, de indivíduo de alta periculosidade, não sendo conveniente e nem prudente mudá-lo para unidade prisional diversa", destaca a decisão.