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Jovem que teve câncer de intestino lista os 6 sinais que ele ignorou

Homem de 34 anos que teve câncer de intestino fez um vídeo alertando para sinais que ele não deveria ter ignorado

13/12/2024 às 16:01 | Atualizado 13/12/2024 às 16:21 Metrópoles, parceiro do TopMídiaNews
Reprodução/Instagram/radiant14percent

O produtor de TV norte-americano Joe Faratzis descobriu aos 29 anos que tinha câncer de intestino quando o tumor já estava em estágio avançado. Muito ligado aos esportes e a um estilo de vida saudável, o jovem ignorou por meses os sintomas da doença e tem usado suas redes sociais para divulgar os sinais que ele não deveria ter deixado de lado.

Faratzis foi diagnosticado em 2019 com tumor em estágio quatro, o mais avançado do câncer colorretal, com algumas metástases no pulmão e fígado. O produtor já vinha sentindo dores leves na parte baixa da barriga por meses e um médico pediu que ele fizesse uma tomografia computadorizada, mas ele achou que seria um gasto desnecessário.

“Eu achava que era invencível e que não poderia haver nada de errado comigo”, lembra em depoimento à revista Self.

Mesmo seis meses depois, quando ele começou a notar que havia sangue em suas fezes, Faratzis ignorou os sinais, achando que tinha hemorroidas. Porém, os sintomas foram se tornando cada vez mais frequentes, até que ele não podia mais ignorá-los.

O momento que o convenceu de que havia algo errado foi quando ele soltou um pum e o sangue começou a escorrer por sua perna. “Quando fui ao banheiro, vi que tinha muito sangue acumulado. Não senti dor, mas era evidente que eu estava passando por um problema sério”, afirma.

Sinais claros

Para conscientizar a população a não ignorar os sintomas como ele mesmo fez, Faratzis passou a usar sua experiência em mídia para divulgar os sinais do câncer de intestino. Um vídeo em que ele resume os sintomas ignorados viralizou no TikTok. São eles:

Suor constante, especialmente à noite;
Dores na parte baixa direita da barriga;
Mudanças no trânsito intestinal, ir mais ao banheiro;
Uma leve cólica abdominal ao se inclinar;
Constipação e cólicas;
Sangue nas fezes.
Após a colonoscopia, o produtor de TV foi imediatamente encaminhado para a quimioterapia e passou por sessões orais e intravenosas. Além disso, precisou de uma cirurgia que retirou parte de seu intestino e viveu por meses com uma ileostomia improvisada.

Desde 2020, o produtor passa por uma série de procedimentos médicos para retirada dos tumores, especialmente dos pulmões e do fígado. Ao todo, foram mais de 10 cirurgias.

Em um dos procedimentos, um médico disse que a chance de Faratzis sobreviver por mais de cinco anos era menos de 14%. “Me agarrei nesses 14% e tenho feito de tudo para vivê-los da forma mais radiante”, diz.

Apenas em 2023, ele alcançou um estado de completa remissão (quando não há tumores no corpo), mas segue ainda fazendo tratamento de quimioterapia oral preventiva.

O câncer de intestino

Há alguns anos, o câncer de intestino era um tumor muito associado a pessoas idosas, mas o número de indivíduos com menos de 45 anos que descobrem a doença tem crescido a cada ano no mundo. No Brasil, o exemplo da cantora Preta Gil é um dos mais emblemáticos.

Os principais fatores de risco das neoplasias colorretais são obesidade, consumo de alimentos processados e um estilo de vida sedentário. A idade superior a 50 anos também é importante. O oncologista Ramon Andrade de Mello, de São Paulo, alerta que o fundamental para prevenir casos graves da doença é realizar com frequência os exames preventivos antes do aparecimento dos sintomas.

“Um dos principais métodos para o rastreamento das neoplasias colorretais é o exame chamado de pesquisa de sangue oculto nas fezes. Ele deve ser feito anualmente e, dependendo do resultado, o médico poderá indicar uma investigação mais aprofundada, com exames como retossigmoidoscopia ou mesmo a colonoscopia total”, explica.

O tratamento precoce aumenta as chances de uma cura completa, sem recidivas, afirma o oncologista Paulo Varella, do Hospital do Coração (Hcor), de São Paulo. “Quanto antes o câncer é diagnosticado, maiores são as chances de um tratamento mais eficaz. Isso se vê também na possibilidade de reincidência. Um estudo dinamarquês deste ano demonstrou que somente 2,9% das pessoas estudadas, que foram mais de 8 mil, apresentaram o reaparecimento do câncer colorretal novamente ao serem diagnosticadas a tempo”, indica.