há 1 mês
Indiciado pela PF em inquérito de golpe, Portela diz estar 'tranquilo sobre os fatos'
Mesmo com o movimento da PF, Tenente Portela se mantém como presidente do PL em MS
Tenente Portela, indiciado pela Polícia Federal após a conclusão do inquérito sobre o golpe de Estado, disse por meio de nota divulgada pela defesa que está "tranquilo quanto aos fatos narrados".
Atualmente suplente da senadora Tereza Cristina (PP-MS), Portela teve seu nome colocado no documento entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (11), com duas pessoas.
Em nota, Portela pontuou que possui uma vida pautada na integridade e honestidade, e que não coadnua a quaisquer práticas ilícitas e antidemocráticas.
Presidente do PL em Mato Grosso do Sul, o político também esclareceu que acompanha o processo e tudo será resolvido dentro dele, mas está com a "certeza de não ter cometido nenhum ato ao qual vem sendo acusado, mantendo-se tranquilo quanto aos fatos narrados".
A nota ainda diz que mesmo com o indiciamento, ele se mantém como presidente regional do PL e que no momento, está em viagem por questões familiares.
"E que está inteiramente à disposição da justiça para esclarecimentos futuros e que este restará provado que não teve nenhuma participação a atos que vem sendo noticiados", finaliza a nota.
Indiciamentos
A Polícia Federal (PF) indiciou mais três pessoas na investigação que apura a existência de uma organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) no poder. O caso ficou conhecido como inquérito do golpe.
Os novos indiciados são Aparecido Andrade Portela, militar da reserva do Exército e suplente da senadora Tereza Cristina (PL-MS); Reginaldo Vieira de Abreu, ex-chefe de gabinete do general da reserva Mario Fernandes na Secretaria-Geral da Presidência, acusado de atuar no planejamento do golpe, e o militar Rodrigo Bezerra de Azevedo, “kid-preto” do Exército, acusado de participar do trabalho de monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Eles foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Com os indiciamentos, o inquérito que investiga a tentativa de golpe passa a contar com 40 pessoas, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno.