há 2 semanas
Quem é o deputado do PL suspeito de manter relações com menor
Três funcionários de um deputado do PL foram presos por ameaçar um adolescente para que ele apagasse fotos, vídeos e conversas
Suspeito de manter relações íntimas com um menor de idade, o deputado federal Alcides Ribeiro, do PL de Goiás, foi candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia nas eleições deste ano. Ele obteve 36,1% dos votos válidos e foi derrotado por Leandro Vilena, do MDB, que tinha o apoio do governador Ronaldo Caiado.
Ribeiro nasceu na Bahia e completou 71 anos em outubro. Ele pediu licença do seu segundo mandato na Câmara para disputar as eleições municipais e deverá reassumir suas funções em janeiro.
O parlamentar é proprietário da Faculdade Alfredo Nasser (Unifan), localizada no Jardim das Esmeraldas, em Goiânia. O prédio onde a faculdade funciona é alvo de uma ação movida pelo Banco do Brasil, que cobra R$ 3,8 milhões do deputado. O imóvel havia sido dado como garantia para um empréstimo junto ao banco, mas foi arrematado pela instituição em leilão realizado em 2004.
Alcides conseguiu uma medida cautelar que impediu o banco de tomar posse do prédio. A Justiça estabeleceu um aluguel de R$ 5 mil por mês, enquanto a faculdade funcionasse no imóvel. O aluguel, porém, não foi pago, resultando na dívida de R$ 3,8 milhões.
Bate-boca
Em 2021, o deputado se envolveu em um bate-boca com alunos da faculdade, que cobravam a matrícula de dois estudantes. Irritado, Ribeiro chamou uma aluna de “puta”, o que gerou uma briga entre os seguranças do deputado e os estudantes. Após o incidente, a faculdade emitiu uma nota alegando que o vídeo havia sido “editado de forma seletiva e maldosa antes de sua divulgação” e acusou a aluna de “armar” o episódio para gerar a exposição do parlamentar.
A operação da Polícia Civil de Goiás, realizada nesta quinta-feira (12/12), resultou na prisão de três pessoas, entre elas um assessor e um segurança de Alcides Ribeiro, que mora na residência do deputado.
Eles foram acusados de roubo e ameaça por entrarem armados na casa do adolescente, que estaria supostamente se relacionando com Ribeiro. O objetivo era apagar eventuais provas da relação, como fotos, vídeos e conversas. Os suspeitos forçaram o menor a fornecer a senha do celular para apagar imagens que estavam na galeria de fotos e salvas na nuvem.