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Irmãs sofrem sequelas da Covid-19 e ficam dependentes da mãe em Jardim

Luana e Débora Dionísio aguardam respostas do SUS e precisam de ajuda financeira

08/12/2024 às 07:00 | Atualizado 08/12/2024 às 09:33 Carla Andréa
Luana e Débora - Arquivo pessoal

Luana Dionísio da Cruz, de 29 anos, e sua irmã caçula, Débora Dionísio da Cruz, de 27, eram independentes e viviam a vida de garotas normais até que, em 2021, em meio à pandemia da Covid-19, foram alcançadas pelo vírus de forma devastadora.

A vida das irmãs, que moram em Jardim, a 226 km de Campo Grande, mudou completamente devido às sequelas da Covid-19. Elas passaram a depender da mãe, Marta Dionísio, de 50 anos, que teve que parar de trabalhar.

Luana foi a primeira a ser atingida pela Covid-19. Segundo a mãe, a jovem desenvolveu a Síndrome de Guillain-Barré, uma doença rara que afeta o sistema nervoso e que, em seu caso, resultou em perda significativa da mobilidade.

A jovem também foi diagnosticada com fibromialgia, uma condição que causa dores intensas nos músculos e articulações, além de sofrer complicações cardíacas.

Débora também foi diagnosticada com fibromialgia e ainda enfrenta problemas cardíacos, como arritmias. Além disso, as irmãs tiveram que utilizar cadeiras de rodas por um período.

No entanto, Luana teve dificuldades em aceitar o quadro médico que estava enfrentando, tentava ficar em pé e acabava caindo. Além disso, tentou contra a própria vida, mas resistiu, e hoje, junto da irmã, já consegue caminhar com o auxílio de andadores.

"A Débora é mais independente. A Luana não aceita o que aconteceu", disse Marta, que é mãe solo.

O tratamento de ambas é longo e, sobretudo, caro. O Sistema Único de Saúde (SUS) não cobre todos os exames e procedimentos necessários para o acompanhamento das condições das meninas.

Exames de alto custo, como a videoendoscopia — que permite a visualização interna de órgãos e estruturas do corpo —, chegam a R$ 1.200, valor que está fora da realidade da família.

Além disso, os deslocamentos até Campo Grande, onde são realizados alguns dos tratamentos especializados, geram custos adicionais com transporte e alimentação, o que se torna insustentável para Marta.

Sem apoio financeiro e com uma renda que depende de doações — inclusive a casa em que a família mora é cedida pelos irmãos da mãe —, Marta recorreu a uma vaquinha online para tentar garantir os cuidados médicos das filhas.

"Eu não tenho o que oferecer para as meninas, mas estou lutando com todas as minhas forças para garantir que elas recebam o tratamento que precisam", desabafou Marta.

A vaquinha online busca arrecadar o valor de R$ 5.500. "A vaquinha tem sido uma luz no fim do túnel, e a esperança de que, com ajuda, conseguiremos continuar a batalha", finalizou. Para contribuir, basta clicar aqui.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e aguarda o retorno.