Campo Grande

há 5 horas

De chinelo a uso de celular, mãe denuncia proibições de escola municipal de Campo Grande

Segundo a mãe, crianças estudam em salas com ventiladores estragados e não tem água gelada na instituição

26/11/2024 às 19:00 | Atualizado 26/11/2024 às 15:08 Dayane Medina
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Uma mãe utilizou o grupo Aonde não ir em Campo Grande para denunciar o que ela considera ser uma série de abusos sofridos pelo filho e outros alunos na Escola Municipal Flora Guimarães, na Vila Albuquerque, em Campo Grande. Segundo ela, o estabelecimento de ensino tem adotado diversas proibições que afetam negativamente a rotina e o bem-estar das crianças.

Entre as acusações, a mãe citou a proibição do uso de chinelos e sandálias, com a alegação de que estudantes que não têm condições de comprar outros calçados ou que esquecem os apropriados são punidos, ficando de castigo no corredor durante o recreio e na entrada das aulas.

Na publicação ela ainda relatou a proibição do uso de corretivos, canetas coloridas e marca-texto durante as aulas. Outro ponto criticado foi a restrição do uso de celulares, mesmo para fins de comunicação com os pais, o que inclui inspeção dos aparelhos, incluindo o acesso a fotos e redes sociais dos alunos.

"Os abusos são muitos, proibições absurdas. É proibido celular nem para falar com os pais ou na entrada, ou recreio e se tomarem mexem e olham todo o aparelho no aluno incluindo fotos e redes sociais", escreve a mãe.

A mulher ainda menciona que os ventiladores da escola não estão funcionando adequadamente, que não há água gelada para os estudantes e que, durante os dias de prova, o acesso ao banheiro é restrito.

Para completar, ela denunciou uma suposta irregularidade financeira, afirmando que a cantina da escola funciona em nome da diretora, com pagamentos feitos via Pix para a conta pessoal dela.

A publicação feita pela mãe ganhou repercussão entre outras mulheres que não concordaram com parte da reclamação, mas propuseram que ela procurasse a Semed (Secretaria Municipal de Educação).

"Até aonde entendo, alunos devem ir adequadamente uniformizados para escola independente se a escola fornece ou não vestimenta. Chinelo não é uniforme, celular deveria ser extremamente proibido em escola, criança vai para escola para estudar", disse uma mãe.

Em resposta às críticas, a Semed respondeu à publicação e explicou que o uso de celular é proibido devido a uma normativa do regimento escolar vigente desde 2019.

A secretaria afirmou ainda que a direção da escola orienta os pais no momento da matrícula sobre as regras que proíbem o uso de corretivos e canetas coloridas nas aulas. Quanto ao uso de chinelos, a justificativa apresentada foi a prevenção de acidentes, já que houve registros de incidentes na unidade anteriormente.

A Semed garantiu que aos alunos são fornecidos tênis para o uso durante o ano letivo, podendo também usar outros tipos de calçados como sandálias e crocs.

Sobre a questão da cantina, a secretaria esclareceu que a ação é realizada pela Associação de Pais e Mestres (APM) da escola e que, em nenhum momento, foram realizados pagamentos via Pix para a conta da diretora. Em relação aos ventiladores e bebedouros, a Secretaria informou que todos os ventiladores das 10 salas de aula estão funcionando e que os bebedouros fornecem água adequadamente aos alunos.