há 15 horas
SOS Pantanal marca presença na COP 29 no Azerbaijão e fala sobre manejo do fogo no Bioma
No encontro global, nações discutem políticas para enfrentar as crises ambientais e climáticas
A COP29 (Conferência do Clima das Nações Unidas) começou na segunda-feira (11), em Baku, no Azerbaijão, e vai até o dia 22 de novembro. O SOS Pantanal está no Pavilhão Brasil e amanhã (15), marca presença em um painel de debates com o biólogo Gustavo Figueirôa, Diretor de Comunicação e Engajamento do instituto, como representante neste encontro global onde nações discutem políticas para enfrentar as crises ambientais e climáticas, com a participação de milhares de representantes de países signatários, além de observadores de organizações internacionais, sociedade civil, setor privado e meio acadêmico, entre outros.
Com o tema Adaptando-se ao Fogo: Oportunidades de Convergência e Boas Práticas ao Manejo Integrado do Fogo, o painel contará ainda com a presença de Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, Artur Henrique Leite Falcette, secretário executivo de Meio Ambiente do Governo de Mato Grosso do Sul, e Ane Alencar, diretora de Ciência do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). Entre os temas adjacentes abordados no painel também estará a urgência de implementação de compromissos climáticos como o Fundo Para Perdas e Danos, criado para ajudar os países vulneráveis a lidar com os impactos das mudanças climáticas
Em meio ao ano mais seco da história do Pantanal, quando mais de 3 milhões de hectares foram consumidos pelas chamas, o Manejo Integrado do Fogo se apresenta como um grande aliado na prevenção de incêndios, que tendem a ser cada vez mais frequentes no Brasil e no mundo. Compartilhar outros prismas dessa prática com os parceiros do Ibama e do Ipam é também uma abordagem essencial para proteger e conservar não só a biodiversidade pantaneira, mas dos outros biomas brasileiros.
“Nossa expectativa é a de, mais uma vez, colocar o Pantanal no radar do mundo, falando de um tema que foi muito delicado para nós em 2024, quando tivemos novamente incêndios gravíssimos no bioma. Difundir essa experiência em âmbito internacional contribuirá para expandir os horizontes e trazer mais firmeza para nossas pautas. Poder dialogar com a comunidade global em um painel oficial do governo brasileiro sobre essas boas práticas de Manejo Integrado do Fogo é fundamental. O ensino desse manejo é imprescindível, se a gente quiser enfrentar os incêndios florestais à altura daqui para frente”, avalia Figueirôa.
Na terça-feira, 12 de novembro, data em que é celebrado o Dia do Pantanal, o SOS Pantanal divulgou em suas redes sociais um vídeo conduzido por Figueiroa em que ele questiona e aborda junto participantes da COP29 quais são, atualmente, as duas principais ameaças ao bioma. Assista ao vídeo em:
Na manhã desta quarta-feira (13), Figueiroa também foi convidado a participar do painel extra Os Mensageiros Confiáveis da Narrativa Climática. Com moderação de Katja Iversen, do Museu da ONU, a mesa de debates contou com a participação de Hening Parlan, Coordenadora Nacional da iniciativa GreenFaith da Indonésia; Eileen O'Connor, Vice-Presidente Sênior de Comunicações, Políticas e Advocacy da Fundação Rockefeller; e da Dra. Shanta Barley, Cientista-Chefe do Clima da Fortescue.
Sobre o SOS Pantanal
Fundado em 2009, o SOS Pantanal é uma instituição de advocacy, sem fins lucrativos, que promove a conservação e o desenvolvimento sustentável do Pantanal por meio da gestão do conhecimento e a disseminação de informações do bioma para governantes, formadores de opinião, grandes empreendedores, fazendeiros e pequenos proprietários de terras da região, assim como para a população em geral. Ao longo das últimas duas décadas, o Instituto SOS Pantanal também impacta diretamente o ecoturismo ao promover iniciativas de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável. Por meio de incentivos à profissionalização, aliado a uma fiscalização mais efetiva e o consenso de boas práticas conjuntas entre os setores privado, público e terceiro setor, o SOS Pantanal tem contribuído para que o ecoturismo cada vez mais se apresente como um dos pilares do desenvolvimento sustentável do Pantanal.