há 1 dia
Polícia prende mais um suspeito de matar e queimar corpos em carro em Campo Grande
Cristiago era procurado pelas execuções de Marcelo dos Santos Vieira, de 45 anos, e Thiago Brumatti Palermo, 30 anos, julgados pelo PCC após trocar parte da carga de cocaína por gesso
Foi preso nesta terça-feira (12), no município de Ponta Porã, Cristiago Nunes Dutra, conhecido como "Nick", de 38 anos. Ele é apontado com um dos principais suspeitos por envolvimento na morte de Thiago Brumatti Palermo, de 30 anos, e Marcelo dos Santos Vieira, de 45 anos, em julho do ano passado.
As vítimas foram julgadas pela facção PCC (Primeiro Comando da Capital), após trocar parte da carga de cocaína por gesso. Na ocasião, os corpos de Thiago e Marcelo foram encontrados carbonizados em um veículo Ford Fiesta, na região do bairro Nova Campo Grande, em Campo Grande.
Cristiago era responsável pela remessa da droga que seria enviada a São Paulo na época e estava na liderança do julgamento.
Naquela ocasião, três pessoas foram presas pelo crime e nove pessoas foram indiciadas.
Caso
A polícia apresentou os resultados da investigação sobre a morte de Marcelo dos Santos Vieira, de 45 anos, e Thiago Brumatti Palermo, 30 anos, encontrados carbonizadas no interior de um veículo, no dia 24 de julho, na Vila Nova Campo Grande, na Capital.
O caso foi analisado pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Marcelo e Thiago foram julgados pelo Tribunal do Crime de uma facção criminosa, após trocarem 40 quilos de cocaína por gesso.
Segundo a polícia, a descoberta se deu quando o veículo foi preparado pela dupla e deixado em uma casa, que acabou invadida por dois homens, no bairro Los Angeles.
Os dois que invadiram a casa levaram a droga e passaram a fazer o comércio da cocaína. Após um tempo, eles perceberam que a droga estava misturada e avisaram a facção.
Ao devolverem a droga, a facção acabou julgando os dois pelo roubo da droga.
Thiago foi morto estrangulado. Depois todos foram encaminhados para o São Conrado para finalizar o tribunal do crime.
Marcelo foi julgado, juntamente com os outros dois. E teve um quinto homem, que a facção desconfiou que estava envolvido no esquema. Ele, ao perceber que também seria julgado, tentou fugir. Ele levou diversas facadas, entrou em luta corporal, mas conseguiu fugir correndo até o UPA do Bairro Aero Rancho.
Os demais foram levados para o São Conrado e incendiados dentro carro. Os dois que roubaram a drogas estavam conscientes, eles conseguiram abrir o porta malas do carro e fugir, já Marcelo morreu carbonizado vivo, mas desacordado.
Nove indivíduos foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, homicídio tentado, destruição de cadáver, tráfico de drogas e envolvimento em organização criminosa.