Polícia

há 2 semanas

Farinha do mesmo saco: chipeiro e dono do Alemão pagam fiança em Campo Grande

Eles receptaram carga de amido desviada e vendiam em seus estabelecimentos

07/11/2024 às 18:16 | Atualizado 07/11/2024 às 18:40 Thiago de Souza
Chipeiro e dono do Alemão - Google Street View

Edson Barbosa de Araújo, 62 anos, passou por audiência de custódia, nesta quinta-feira (7) e de ser liberado da prisão após pagamento de fiança, em Campo Grande. Ele e outro empresário foi preso por receptar farinha furtada e revender em seus estabelecimentos. 

Conforme termo da audiência, Edson, dono do Alemão Conveniência, saíra se pagar dez salários mínimos, o que corresponde a cerca de R$ 15 mil. O mesmo foi aplicado a Maximo Pano Aranda, comerciante da Chipas Maximo, levado à prisão pelo mesmo motivo.  

Ainda segundo a decisão, os dois deverão comparecer a todos os atos do processo, não se ausentar por mais de oito dias da cidade e não cometer nova infração penal. 

O caso 

Os empresários foram identificados como responsáveis por vender produtos provenientes de um golpe de R$ 73.920,00, que afetou uma empresa de amido, de Ponta Porã. 

Segundo informações do boletim de ocorrência, as investigações começaram no início de setembro de 2024, quando a empresa de amido foi enganada por golpistas, que usaram documentos falsificados do Supermercados Thomé Ltda. para uma compra falsa de 24.000 kg de fécula de mandioca. 

A entrega foi dividida em duas, realizadas nos dias 11 e 17 de setembro, sendo transportada por um freteiro. 

Identificada a fraude nas compras, o SIG (Seção de Investigações Gerais (SIG) e a 3ª Delegacia de Polícia apontaram que os produtos furtados estavam sendo vendidos em três estabelecimentos de

Campo Grande. 

Os estabelecimentos são bem conhecidos por vender produtos produzidos a base da fécula de mandioca a preços baixos, sendo eles o Alemão Conveniência, Salvador Conveniência, ambos localizados na Avenida Calógeras, e a empresa Maxximo Chipas, no bairro Guanandi. 

Além disso, a fécula estava sendo vendida a preços abaixo do mercado, o que levantou a suspeita de que o produto poderia ter origem ilícita.

Nessa quarta-feira (06), foram realizadas diligências entre o SIG e a 3ª DP, coordenadas pela Delegada Priscilla Anuda Quarti e pelo Delegado Reges Daniel de Almeida, que resultaram na apreensão de 371 sacos de fécula de mandioca nos estabelecimentos citados.

Os empresários, donos dos estabelecimentos, foram presos em flagrante por receptação e conduzidos à delegacia, onde prestaram depoimentos e foram autuados. 

Durante as investigações, os investigadores identificaram as transações fraudulentas e os lotes de produtos desviados, além de confirmar que os produtos estavam sendo revendidos nos comércios investigados de Campo Grande. O caso segue em investigação.