há 2 semanas
'Clã da farinha': donos de mercados famosos são presos por vender produtos furtados em Campo Grande
Empresários estavam sendo investigados desde o início de setembro deste ano
Foram presos na tarde dessa quarta-feira (06) os donos de três estabelecimentos comerciais de Campo Grande, envolvidos em um esquema de receptação de fécula de mandioca. Os empresários foram identificados como responsáveis por vender produtos provenientes de um golpe de R$ 73.920,00, que afetou uma empresa de amido, de Ponta Porã.
Segundo informações do boletim de ocorrência, as investigações começaram no início de setembro de 2024, quando a empresa de amido foi enganada por golpistas, que usaram documentos falsificados do Supermercados Thomé Ltda. para uma compra falsa de 24.000 kg de fécula de mandioca.
A entrega foi dividida em duas, realizadas nos dias 11 e 17 de setembro, sendo transportada por um freteiro.
Identificada a fraude nas compras, o SIG (Seção de Investigações Gerais (SIG) e a 3ª Delegacia de Polícia apontaram que os produtos furtados estavam sendo vendidos em três estabelecimentos de Campo Grande.
Os estabelecimentos são bem conhecidos por vender produtos produzidos a base da fécula de mandioca a preços baixos, sendo eles o Alemão Conveniência, Salvador Conveniência, ambos localizados na Avenida Calógeras, e a empresa Maxximo Chipas, no bairro Guanandi.
Além disso, a fécula estava sendo vendida a preços abaixo do mercado, o que levantou a suspeita de que o produto poderia ter origem ilícita.
Nessa quarta-feira (06), foram realizadas diligências entre o SIG e a 3ª DP, coordenadas pela Delegada Priscilla Anuda Quarti e pelo Delegado Reges Daniel de Almeida, que resultaram na apreensão de 371 sacos de fécula de mandioca nos estabelecimentos citados.
Os empresários, donos dos estabelecimentos, foram presos em flagrante por receptação e conduzidos à delegacia, onde prestaram depoimentos e foram autuados.
Durante as investigações, os investigadores identificaram as transações fraudulentas e os lotes de produtos desviados, além de confirmar que os produtos estavam sendo revendidos nos comércios investigados de Campo Grande. O caso segue em investigação.