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há 1 semana

Desembargadores investigados no 'Sentençalão' colocam tornozeleira em Campo Grande

Determinação foi cumprida 12 dias após ordem do Superior Tribunal de Justiça

06/11/2024 às 09:28 | Atualizado 06/11/2024 às 09:31 Thiago de Souza
Sideni Pimentel é um dos desembargadores investigados - Reprodução TRE-MS e PF

Desembargadores do Tribunal de Justiça de MS se apresentaram, nesta terça-feira (5), para colocação das tornozeleiras eletrônicas, em Campo Grande. Eles são investigados por vender sentenças judiciais e demoravam mais de 10 dias para cumprirem decisão do STJ pelo monitoramento. 

Conforme apurado pelo TopMídiaNews, a colocação dos acessórios de vigilância eletrônica ocorreu durante plantão da equipe de Unidade Mista de Monitoramento Virtual. A Agência Estadual de Administração Penitenciária de MS, a Agepen-MS, responsável pela implantação do equipamento disse que o processo corre em segredo de Justiça e não deu detalhes. 

Entres os investigados obrigados a usar tornozeleira estão magistrados de 2º grau da ativa e aposentados. No entanto, todos estão afastados de suas funções por 180 dias. A determinação foi do ministro Francisco Falcão, relator da apuração no STJ. 

Ultima Ratio

A operação foi deflagrada na manhã de 24 de outubro em Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá. Foram expedidos 44 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais, profissionais e gabinetes do TJMS. Antes mesmo da deflagração da Ultima Ratio, sigilos bancários, fiscais, telefônicos e telemáticos dos investigados já haviam sido quebrados. 

Entre os alvos da investida da Polícia Federal há advogados – grande parte deles filhos de desembargadores e empresários. Na ação foram recolhidos R$ 2,7 milhões em espécie, grande quantidade de armas, computadores e documentos. 

O espaço está aberto para manifestação das defesas.