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Desembargadores investigados no 'Sentençalão' colocam tornozeleira em Campo Grande
Determinação foi cumprida 12 dias após ordem do Superior Tribunal de Justiça
Desembargadores do Tribunal de Justiça de MS se apresentaram, nesta terça-feira (5), para colocação das tornozeleiras eletrônicas, em Campo Grande. Eles são investigados por vender sentenças judiciais e demoravam mais de 10 dias para cumprirem decisão do STJ pelo monitoramento.
Conforme apurado pelo TopMídiaNews, a colocação dos acessórios de vigilância eletrônica ocorreu durante plantão da equipe de Unidade Mista de Monitoramento Virtual. A Agência Estadual de Administração Penitenciária de MS, a Agepen-MS, responsável pela implantação do equipamento disse que o processo corre em segredo de Justiça e não deu detalhes.
Entres os investigados obrigados a usar tornozeleira estão magistrados de 2º grau da ativa e aposentados. No entanto, todos estão afastados de suas funções por 180 dias. A determinação foi do ministro Francisco Falcão, relator da apuração no STJ.
Ultima Ratio
A operação foi deflagrada na manhã de 24 de outubro em Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá. Foram expedidos 44 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais, profissionais e gabinetes do TJMS. Antes mesmo da deflagração da Ultima Ratio, sigilos bancários, fiscais, telefônicos e telemáticos dos investigados já haviam sido quebrados.
Entre os alvos da investida da Polícia Federal há advogados – grande parte deles filhos de desembargadores e empresários. Na ação foram recolhidos R$ 2,7 milhões em espécie, grande quantidade de armas, computadores e documentos.
O espaço está aberto para manifestação das defesas.
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