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Família pede liberdade a PM's envolvidos em morte de ex-vereador em Anastácio (vídeo)
Sargento e cabo passam por audiência nesta quarta-feira
O sargento PM Valdeci Alexandre da Silva Ricardo e o cabo PM Bruno César Malheiro dos Santos são ouvidos em audiência de instrução e julgamento, na tarde desta quarta-feira (30), no Fórum de Anastácio. Eles estão presos pela morte do ex-vereador Wander Alves Meleiro, o ''Dinho Vital'', baleado em 8 de maio, na BR-262, em Anastácio.
Grupo de familiares e amigos foi até a frente do Fórum pedir a liberdade dos militares. Faixas e cartazes pedem ''Justiça'' e dizem que os militares agiram em legítima defesa. Uma delas cita trecho de lei.
''No estrito cumprimento do dever, o agente público não excede, apenas cumpre o que a lei determina''. O grupo é formado por cerca de 40 pessoas.
Conforme apurado pelo TopMídiaNews, esta é a primeira audiência de instrução e julgamento do caso. Os dois militares serão ouvidos por videoconferência, pois estão em Campo Grande. Apesar dos pedidos de liberdade feitos pelos manifestantes, não há recurso pendente de análise para os militares.
O advogado Lucas Rocha é que defende os praças. O diretor da Associação de Cabos e Soldados da PM e BMMS, sargento Mariano, acompanha a audiência no local.
O caso
Dinho Vital morreu após se envolver em uma confusão e discussão por política, em uma confraternização no aniversário de Anastácio. Ele teria sido retirado do local, porém, teria retornado para a festa armado, sendo detido pelos policiais.
Segundo o advogado de defesa, os agentes teriam ido em direção ao ex-vereador na intenção de contê-lo e evitar que uma tragédia ocorresse. Ainda conforme o advogado, os dois militares lamentam "profundamente" o acontecido, porém, eles teriam agidos em legítima defesa e apenas no cumprimento do dever legal, relata.
"Eles saíram na única e exclusiva intenção de intervir pacificamente, porém, no momento da abordagem, foram recebidos pela vítima com a arma em punho em direção dos mesmos. Na ocasião, eles ainda verbalizaram reiteradas ordens para largar a arma e que eram policiais, porém o mesmo não obedeceu e continuou em direção dos dois, momento em que reagiram através dos meios moderados para repelir injusta e atual agressão que certamente sofreriam", relatou o advogado.
A tese de defesa foi confirmada por testemunhas presentes no momento do incidente. Inicialmente havia o relato de que o ex-vereador havia sido morto pelas costas, porém a informação foi desmentida por laudo do exame necroscópico realizado pela perícia.