há 2 meses
Jovem e adolescente são autores de incitação a massacre em escola de Rio Negro
Polícia Civil e Militar atuaram em conjunto para descobrir o que estava por trás das escritas; nada foi localizado nas casas dos envolvidos que justificassem o ato
Jovem, de 18 anos, e um adolescente, de 14 anos, foram apontados como autores de mensagens de incitação ao crime e dano qualificado na Escola Estadual Leontino Alves de Oliveira, em Rio Negro. O episódio de pichação continha ameaças de massacre supostamente marcado para essa sexta-feira (25).
Segundo a Polícia Civil, o episódio começou a ser desvendado no dia 21 de outubro, na última segunda-feira, quando paredes do banheiro da escola amanheceram com pichações de incitação ao crime, além de ter sido deixada uma blusa branca rasgada com as mesmas inscrições.
Durante a quinta-feira (24), novas ameaças apareceram e circulou um áudio também incitando o crime e fazendo alusão ao episódio da escola, causando ainda mais animosidade entre os pais e alunos.
A partir de exaustivas diligências, as polícias civil e militar conseguiram identificar o jovem e o adolescente como responsáveis pelos atos criminosos cometidos na escola. Após a identificação dos autores, foi feita uma varredura em suas residências para melhor depuração das circunstâncias e do motivo da dupla, não sendo encontrado qualquer ilícito ou outros elementos que indicassem a prática de crimes.
Em relação ao áudio com teor de ameaça, um aluno da escola, de 17 anos, ao tomar conhecimento da proporção dos fatos e da investigação contra si, compareceu espontaneamente nesta Delegacia de Polícia para comunicar que enviou o áudio como uma “brincadeira” em um grupo de amigos, mas que acabou sendo difundido na cidade. Portanto, verificou-se que os atos de vandalismo não tinham relação com o novo áudio, ainda que se mostrasse igualmente grave.
O indivíduo mais velho, deverá responder pelas condutas de incitação ao crime, crime ambiental de pichar edificação e corrupção de menor de 18 anos para a prática de crimes. Já o adolescente responderá por ato infracional análogo aos fatos citados.
De acordo com o delegado Gabriel Cardoso, pais, professores e alunos devem estar alertas para os sinais de risco, reportando qualquer atividade suspeita. “É fundamental lembrar que incitar a violência, como veicular mensagens de ameaças ou de supostas tragédias não é brincadeira e sim crime grave que será tratado com todo o rigor da lei”, salientou.