17/10/2024 13:00
Família fez empréstimos para ajudar no tratamento de mulher que fingiu ter câncer em Campo Grande
Estelionatária teria dito a família que o plano de saúde não estaria cobrindo os custos dos medicamentos
Ao acreditar na mentira da mulher, de 47 anos, que usou um laudo falso com diagnóstico de câncer, a família dela fez diversos empréstimos para ajudar a custear o falso tratamento oncológico. A farsa foi descoberta pela irmã da estelionatária, que procurou a polícia nesta terça-feira (15), em Campo Grande, para denunciar o caso.
Segundo o registro policial, a família e amigos da mulher se reuniram e fizeram diversos empréstimos para ajudar a custear as despesas do tratamento dela, que, segundo o falso laudo, teria sido diagnosticada com câncer no reto, útero, ovário e rim.
Segundo a estelionatária o plano de saúde não estaria cobrindo os custos dos medicamentos, razão pela qual toda a família se mobilizou para arrecadar fundos para o tratamento.
A irmã desconfiou da farsa após receber a foto de um suposto laudo médico e procurou o Hospital do Câncer Alfredo Abrão e apresentou o atestado, momento em que foi constatada a fraude no documento.
O médico que teria fornecido o laudo informou a irmã da suspeita que não reconhece o documento e o nome da mulher não está cadastrado em nenhum banco de dados de pacientes que realizam tratamento quimioterápico ou qualquer outro relacionado ao câncer.
Segundo informações do registro policial, a suspeita teria dito que passou por uma cirurgia para retirada de nódulos e estaria passando por quimioterapia, tendo raspado a cabeça.
Em razão da doença a suspeita teria saído do emprego em marco deste ano perdendo o plano de saúde, o que aumentou ainda mais as despesas.
porém, no dia 1 de outubro, a irmã da estelionatária descobriu que o tratamento não passava de uma farsa. Diante da fraude a comunicante continuou buscando pelos exames da irmã, e constatou que os exames realizados não possuem diagnóstico de câncer, ficando claro que as alegações de suspeita não passaram de mentiras.
O caso foi registrado da 6ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, como estelionato e falsidade ideológica, e será investigado.