Campo Grande

há 5 horas

Mulher que fingiu estar com câncer usou laudo falso pra enganar a família

Médico disse não reconhecer laudo e suspeita não está no banco de dados de pacientes oncológicos

17/10/2024 às 12:17 | Atualizado 17/10/2024 às 10:29 Claudemir Candido
Mulher que fingiu estar com câncer usou laudo falso pra enganar a família - Marco Codignola

Uma mulher, de 47 anos, que foi denunciada pela própria irmã após mentir que estava com câncer, usou um laudo falso para enganar a família e dar golpe de mais de R$ 40 mil. O caso ocorreu em Campo Grande e a denúncia foi registrada nesta terça-feira (15) depois da fraude da mulher, que durou mais de um ano, ser descoberta. 

Segundo boletim de ocorrência, a irmã desconfiou da farsa após receber a foto de um suposto laudo médico e procurou o Hospital do Câncer Alfredo Abrão e apresentou o atestado, momento em que foi constatada a fraude no documento.

O médico que teria fornecido o laudo informou a irmã da suspeita que não reconhece o documento e o nome da mulher não está cadastrado em nenhum banco de dados de pacientes que realizam tratamento quimioterápico ou qualquer outro relacionado ao câncer. 

O suposto diagnóstico seria de câncer no reto, útero, ovário e rim,  e segundo a estelionatária o plano de saúde não estaria cobrindo os custos dos medicamentos, razão pela qual toda a família se mobilizou para arrecadar fundos para o tratamento. 

Segundo informações do registro policial, a suspeita teria dito que passou por uma cirurgia para retirada de nódulos e estaria passando por quimioterapia, tendo raspado a cabeça. 

Em razão da doença a suspeita teria saído do emprego em marco deste ano perdendo o plano de saúde, o que aumentou ainda mais as despesas. 

porém, no dia 1 de outubro, a irmã da estelionatária descobriu que o tratamento não passava de uma farsa. Diante da fraude a comunicante continuou buscando pelos exames da irmã, e constatou que os exames realizados não possuem diagnóstico de câncer, ficando claro que as alegações de suspeita não passaram de mentiras. 

O caso foi registrado da 6ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, como estelionato e falsidade ideológica, e será investigado.