Em Assembleia Extraordinária realizada nesta segunda-feira (14), a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) optou pela destituição de Francisco Cezário de Oliveira da presidência da instituição.

Participaram da votação representantes de clubes da primeira divisão, aos quais tiveram direito a votos com peso 3, os demais clubes a peso 2, e as ligas e clubes amadores a um peso por cada voto.

No total foram 44 votos a favor da destituição e 21 contrarios. Além da destituição, os membros da assembleia elegeram uma Comissão Eleitoral que organizará novas eleições, previstas para ocorrer no dia 1º do próximo mês.

O ex-mandatário está em liberdade provisória, usando tornozeleira eletrônica, enquanto aguarda julgamento. Ele permneceu 28 anos à frente da instituição.

A defesa de Francisco Cezário informou que deverá recorrer à Justiça para anular a decisão dos membros da assembleia.

O caso 

Cezário foi preso na Operação Cartão Vermelho, deflagrada pelo Gaeco, onde ele e os demais suspeitos desviaram cerca de R$ 6 milhões, seja do Governo do MS e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). 

Segundo o MPE (Ministério Público Estadual), os integrantes da quadrilha faziam saques frequentes nas contas da Federação – em valores abaixo de R$ 5 mil a fim de não chamar atenção dos órgãos de controle. O valor era dividido entre os comparsas. 

Nessa modalidade, diz o Gaeco os suspeitos fizeram mais de 1.200 saques, que renderam R$ 3 milhões.