Rio Negro

há 5 horas

Fazenda é multada em mais de R$ 1 milhão por maus-tratos a bovinos em Rio Negro

PMA encontrou mais de 9 carcaças na propriedade, além de diversos animais subnutridos

14/10/2024 às 10:45 | Atualizado 14/10/2024 às 12:32 Felipe Dias
Equipe localizou mais nove carcaças de bovinos - Divulgação/PMA

Durante a Operação Padroeira, policiais ambientais de Rio Negro concluíram neste sábado (12) uma fiscalização que terminou na autuação de uma fazenda por maus-tratos. A propriedade rural, com área de 3.418 hectares, foi alvo de denúncia que indicava más condições no manejo do gado.

Nos dois dias de fiscalização, a PMA (Polícia Militar Ambiental) vistoriou aproximadamente 300 hectares de pastagem e constatou que a área estava degradada e sem capacidade de alimentar os animais. Foram encontrados bovinos em estado crítico de magreza, além de seis carcaças e duas vacas deitadas, incapazes de se levantar.

Em um dos mangueiros, os policiais identificaram a falta de água e alimento, com bebedouros danificados. Apenas no segundo mangueiro havia água e sal disponível, mas sem ração.

O capataz da fazenda relatou que 24 bezerros recém-nascidos estavam sendo alimentados manualmente pela esposa e filha devido à morte de algumas vacas logo após os partos. Ele também informou que a alimentação dos animais vinha sendo complementada com feno, mas o estoque havia acabado e uma nova remessa estava sendo aguardada.

No segundo dia de fiscalização, os policiais ouviram o filho do proprietário, que explicou estar enfrentando dificuldades para adquirir feno em razão da seca, que aumentou a demanda pelo produto. Ele também revelou que o capataz era o único funcionário disponível para cuidar dos cerca de 2.027 bovinos.

Além dos problemas identificados no primeiro dia, a equipe localizou mais nove carcaças de bovinos e outros animais debilitados, em estado avançado de desnutrição.

Com base nas condições observadas, a PMA caracterizou o crime de maus-tratos A fazenda foi multada em R$ 1.013.500,00, e os bovinos foram apreendidos, no entanto, permaneceram sob a responsabilidade do proprietário, que foi notificado a garantir alimentação e cuidados veterinários adequados.

Como o proprietário não foi localizado, o caso foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Rio Negro e ao Ministério Público Estadual para providências.