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há 12 horas

Leonardo indeniza trabalhadores resgatados em fazenda. Saiba valores

O cantor sertanejo Leonardo foi incluído na "lista suja" do trabalho escravo do Ministério do Trabalho e Emprego

10/10/2024 às 07:32 | Atualizado 10/10/2024 às 06:51 Metrópoles, parceiro do TopMídiaNews
Reprodução

O cantor sertanejo Leonardo pagou R$ 225 mil em indenizações aos seis trabalhadores resgatados em condições análogas a de escravidão em sua fazenda localizada em Jussara, Goiás, após ser incluído pelo governo na “lista suja” do trabalho escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A informação consta em um documento do acordo feito pela Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o cantor, segundo o G1.

De acordo com a defesa de Leonardo, além da indenização, foi paga uma multa de R$ 94.063,24.

“Nós resolvemos todos os problemas da fazenda, mesmo estando arrendada. Foram pagas todas as indenizações a essas pessoas e nós aceitamos o acordo proposto pelo Ministério Público”, detalhou o advogado Paulo Vaz ao G1.

MTE detalha rotina de trabalhadores na fazenda de Leonardo
Um relatório divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta quarta-feira (9/10) trouxe à tona as condições de trabalho de seis funcionários resgatados em uma fazenda em Jussara (GO), de propriedade do cantor Leonardo.

O grupo incluía um adolescente de 17 anos e foi encontrado em situação análoga à escravidão.

De acordo com o documento, os trabalhadores enfrentavam jornadas de até 10 horas diárias, sem a formalização de contratos e sem a garantia de descanso semanal remunerado.

O MTE descreveu a situação precária em que os funcionários viviam: eles dormiam em uma casa abandonada, localizada a 2 quilômetros da sede da Fazenda Lakanka, que não contava com instalações adequadas.

O local era descrito como “impróprio para habitação”, apresentando camas improvisadas feitas de tábuas de madeira, sem acesso a banheiros, e com a presença de morcegos, fezes de animais e outros detritos.

Além disso, os trabalhadores improvisaram um chuveiro utilizando uma mangueira e realizavam suas necessidades ao ar livre, em condições que comprometiam a higiene. A única fonte de água disponível era um poço que estava em estado precário e sem manutenção, levantando preocupações sobre a potabilidade da água consumida.