03/10/2024 09:43
PF deflagra operação para desmontar fake news contra Beto Pereira
PF investiga agência de atores que teria selecionado um ator parecido com Beto Pereira e feito vídeos com ataques e declarações difamatórias
A Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão, na manhã desta quinta-feira (3), como parte de operação que investiga a produção de fake news contra o candidato a prefeito Beto Pereira em Campo Grande.
A operação foi deflagrada a partir de uma determinação do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) e teve como alvos uma agência de recrutamento de atores, um ator e um influenciador digital, atuante no Instagram. A liminar concedida pelo TRE tem por objeto identificar os financiadores e quem é a beneficiária de um esquema que produz filmes mentirosos que atacam a candidatura de Beto Pereira.
O caso teve início com a denúncia de que uma agência de atores que, segundo informações, foi contratada para selecionar um intérprete que se assemelhasse a Beto Pereira. O objetivo foi criar um vídeo mentiroso, onde o ator, imitando o candidato, proferia ataques e declarações difamatórias.
O material foi amplamente distribuído em grupos de WhatsApp, atingindo um grande número de eleitores na véspera da eleição.
Durante as diligências, a PF tenta identificar uma rede de colaboradores que atuava na produção e veiculação de informações falsas, utilizando táticas de desinformação para influenciar o resultado das eleições.
Durante a operação, a polícia realizou a apreensão de computadores, celulares e documentos que poderão fornecer evidências adicionais sobre a autoria e sobre quem mandou produzir as fake news.
A ação que a Polícia Federal realizou reafirma o compromisso das instituições em proteger a integridade do processo eleitoral e combater práticas ilícitas que ameaçam a democracia. O TRE reforçou a necessidade de vigilância e ação rápida diante de tentativas de manipulação da opinião pública.
Além dos mandados, há um inquérito na PF que visa a apuração de outros envolvidos no esquema, bem como os mandatários. Os envolvidos poderão enfrentar penalidades que vão desde multas até sanções penais, dependendo da gravidade dos crimes identificados.