Campo Grande

há 4 horas

Após matéria, jovem com pino na perna consegue atendimento e retira fixador nesta sexta

Carla estava há duas semanas com fortes dores, porém, tinha o pedido para atendimento médico recusado na rede pública

27/09/2024 às 15:00 | Atualizado 27/09/2024 às 17:26 Felipe Dias
Nesta semana, o TopMídiaNews fez uma matéria, relatando o drama vivido pela jovem - Arquivo pessoal

Carla Letícia, de 20 anos, moradora de Campo Grande, que vivia um drama para conseguir atendimento médico, finalmente recebeu uma consulta. Com um fixador externo (pino) na perna para correção de um problema no pé, ela estava há duas semanas com fortes dores, porém, tinha o pedido para atendimento médico recusado na rede pública.

A jovem conta que nasceu com um problema congênito, que a fez ter o pé torto e passou a infância lutando por uma cirurgia que pudesse melhorar a condição. Aos 18 anos, conseguiu finalmente o procedimento, realizado no Rio de Janeiro, para onde foi encaminhada, por falta de equipamentos no Hospital Universitário de Campo Grande, onde era acompanhada.

Após a cirurgia, Carla está há um ano com um fixador externo na perna, que deveria ser retirado em novembro. Porém, nas últimas duas semanas, ela vem enfrentando fortes dores no pescoço, nos olhos e na cabeça.

Nesta quinta-feira (26), o TopMídiaNews fez uma matéria, relatando o drama vivido pela jovem para conseguir atendimento médico. Ela relatou estar vivendo à base de remédios para suportar a dor.

"Não estou aguentando mais de dor. Minha dor é forte. Eu estou tomando remédio a cada duas horas. Eu não aguento mais de dor. Eles estão renegando ajuda. Eles não podem negar um atendimento, mas eles estão renegando um atendimento para mim", conta.

Ela conta que assim que começou as dores, telefonou para o hospital no Rio de Janeiro, que a orientou a buscar atendimento em uma unidade médica local e pedir um raio-X.

Após a orientação, ela buscou o posto do bairro, porém o atendimento foi negado, alegando que ela precisaria buscar o hospital onde fez a cirurgia, no Rio de Janeiro. O mesmo ocorreu ao buscar ajuda na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e no Hospital Universitário.

"Expliquei a situação e até mostrei a mensagem do médico pedindo para eu fazer um raio-X, mas ninguém me atende. Eles falam que o tratamento é fora do estado e que eu tenho que voltar para lá, mas não estou aguentando de dor. Eles estão renegando meu atendimento", desabafa a jovem, visivelmente abalada.

Carla explica que precisaria apenas de um relatório médico e de um exame de raio-X para voltar ao Rio de Janeiro e dar continuidade ao tratamento, mas sem atendimento dos serviços locais, a situação permanecia sem solução.

A reportagem, então, questionou a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande. Por meio de nota, o órgão informou que a regulação entrou em contato com a paciente e agendou consulta avaliativa no HUMAP para esta quinta-feira (26).

Após avaliação médica, ficou constatado que Carla precisa retirar quanto antes o fixador, contou ela ao TopMídiaNews. "Fui avaliada pela médica que me pediu para voltar nesta sexta para internação e vão retirar o fixador. Ela falou que eu não posso ficar mais tempo com ele".

Por mensagem, ela também agradeceu e comemorou a internação. "Muito obrigada pela ajuda. Estava precisando muito dessa consulta. Obrigada mesmo".