Campo Grande

há 7 horas

Enfermeiros da Santa Casa denunciam atraso de pagamento retroativos, mesmo com repasse da prefeitura

Eles denunciam falta de transparência e atraso rotineiro nos pagamentos para hospital acumular juros

24/09/2024 às 17:32 | Atualizado 24/09/2024 às 17:07 Felipe Dias
Repasse da prefeitura ao hospital ocorreu no dia 11 de setembro, segundo Diário Oficial - André de Abreu

Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem da Santa Casa de Campo Grande estão enfrentando atrasos no pagamento dos salários retroativos, mesmo após a Prefeitura ter realizado o repasse dos valores ao hospital. Eles denunciam que valor de agosto não foi repassado aos profissionais.

Segundo os profissionais, a prefeitura repassou o valor, no entanto, o dinheiro não foi repassado aos enfermeiros e técnicos de enfermagem, mesmo com lei exigindo que repasse ocorra em até dois dias.

No dia 11 de setembro, por meio de edição extra do Diário Oficial, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou o repasse de R$ 1.908.123,33, valor referente ao piso de agosto dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem da Santa Casa. Além da Santa Casa, outras 10 instituições de saúde receberam o repasse.

No entanto, conforme os funcionários da Santa Casa, os colegas que trabalham nas outras instituições já receberam. Eles denunciam falta de transparência e atraso rotineiro nos pagamentos. Segundo eles, a Santa Casa tem costume de deixar dinheiro na conta para acumular juros.

"Eu como uma profissional da saúde me sinto enganada e desvalorizada, pois a prefeitura publica, afirmando que pagou o retroativo e o hospital nega ter recebido. Geralmente o hospital recebe e ficam mentindo que não receberam para ficar com o dinheiro no caixa e acumular juros.  Normalmente o hospital fica uma semana com o dinheiro nosso para depois pagar e nisso acumula juros. Isso acontece todo mês. Eu penso que jamais a prefeitura iria publicar no Diário Oficial e não iria repassar o dinheiro", conta uma enfermeira.

Indignados, os profissionais contam que buscaram o sindicato para resolver a questão, porém nunca recebem uma resposta satisfatória e o problema da falta de pagamentos continua ocorrendo. "Precisamos de ajuda, porque, se dependermos do nosso sindicato, ficamos sem solução", conta outra enfermeira.

O hospital foi questionado pela reportagem, mas ainda não se pronunciou sobre o caso.