há 3 meses
Vereador é cassado por receber salário com direitos políticos suspensos em Cassilândia
Votação foi a portas fechadas e terminou com placar de 9x2 pela deposição
O vereador Peter Saimon (Progressistas) teve o mandato cassado pela Câmara Municipal, nesta quarta-feira (18), em Cassilândia. Foram nove votos contra dois pela deposição, na qual o parlamentar foi acusado de improbidade administrativa e quebra de decoro por receber salário com o mandato suspenso.
Conforme apurado pelo TopMídiaNews, quem pediu abertura de procedimento por improbidade foi o próprio suplente de Peter, Cleiton Borges. A acusação é que Simon estaria recebendo salário da Câmara mesmo com os direitos políticos suspensos.
Segundo o Jovem Sul News, o que motivou a suspensão dos direitos políticos do vereador foi uma condenação por dirigir embriagado antes do mandato, na cidade paulista de Santa Fé do Sul. Já o vereador alega que a decisão é injusta porque ele cumpriu a pena.
Peter Saimon chegou a pedir ao Tribunal de Justiça de MS a suspensão da comissão processante, mas foi derrotado.
O presidente da Câmara, Arthur Barbosa (União Brasil), detalhou que o vereador Simon incorreu em dois crimes.
''Improbidade administrativa por omissão, porque ele tinha ciência da suspensão e continuou exercendo o mandato e quebra de decoro por recebimento de vantagem indevida'', comentou o presidente.
Arthur lamentou que o vereador em questão usa as redes sociais para manipular o entendimento de pessoas ''menos esclarecidas'' sobre o caso. Ele destacou que a suspensão dos direitos políticos de Simon se deu em abril de 2021 e vigorou até este ano. Mesmo assim Peter continuou exercendo o mandato e por isso incorreu nos dois crimes.
''Não há que se falar em desconhecimento do que preceitua as leis de nosso município. Nossa Lei Orgânica no artigo 43, expõe que perderá o mandato o vereador que tiver seus direitos políticos suspensos'', escreveu Barbosa.
Outro lado
Entramos em contato com Peter e pedimos uma manifestação detalhada do caso. No entanto, ele se resumiu a responder que o processo criminal acabou há muito tempo e não estava com o mandato suspenso.
''Tanto é que eu estava trabalhando'', garantiu. O espaço segue aberto.