Antônio João

há 1 dia

Indígenas estavam armados e tentavam invadir fazenda, diz nota do Governo do Estado

Governador se reuniu com integrantes da Segurança Pública após um indígena morrer durante confronto com a polícia nesta manhã (18)

18/09/2024 às 12:35 | Atualizado 18/09/2024 às 14:55 Felipe Dias
Equipes de perícia já estão no local da morte para devida identificação e apuração dos fatos - Divulgação/Ligado Na Notícia

O Governo de Mato Grosso do Sul divulgou uma nota, na manhã desta quarta-feira (18), após um indígena morrer em confronto com a Polícia Militar, e outros ficaram feridos, em Antônio João - a 281 quilômetros de Campo Grande. Após o caso, o governador Eduardo Riedel chegou a realizar uma reunião com integrantes da Segurança Pública do estado.

Conforme a nota, durante a reunião houve mais esclarecimentos sobre morte do indígena, inicialmente identificado como da etnia Guarani Kaiowá. O óbito ocorreu na manhã desta quarta depois de um confronto e troca de tiros com a Polícia Militar em uma região rural da cidade, na fronteira com o Paraguai.

O secretário estadual de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, esclareceu que os policiais militares que estão no local, com cerca de 100 homens, cumprem ordem judicial da Justiça Federal para manter a ordem e segurança na propriedade rural, a Fazenda Barra. O trabalho das autoridades também visa permitir o ir e vir das pessoas entre a rodovia e a sede da fazenda, afirmam.

O conflito na região se arrasta há anos, no entanto, a situação se acirrou nos últimos dias. Além da disputa por terra, também foi apurado pela inteligência policial que há interesses de facções criminosas relacionadas ao tráfico de drogas, já que há diversas plantações de maconha próximas à fazenda, do lado paraguaio, pois a região está na fronteira entre os dois países.

As equipes de perícia já estão no local da morte para devida identificação e apuração dos fatos. Ainda segundo a nota, foram apreendidas armas de fogo com o grupo de indígenas que tentava invadir a propriedade. Todo o material deverá ser coletado para formação de um relatório que será entregue em Brasília.