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04/09/2024 13:19

Uso excessivo de gás do riso leva jovem a usar fraldas e muletas

Connor Wilton usava até 500 balões de gás do riso por final de semana, em festas com amigos. A substância causou danos nos nervos do rapaz

04/09/2024 às 13:19 | Atualizado 04/09/2024 às 13:25 Metrópoles, parceiro do TopMídiaNews
Connor Wilton/ Arquivo pessoal

O inglês Connor Wilton tinha 27 anos quando foi encontrado caído no chão de casa, em 2022. O desmaio foi uma reação ao uso excessivo de óxido nitroso, conhecido como o gás do riso, ou hilariante.

Connor inalava até 500 balões do gás do riso por semana, antes de a substância se tornar ilegal no Reino Unido em novembro de 2023. Ele começou a usar o gás do riso aos 18 anos, nas festas que frequentava com os amigos. O efeito atrativo da substância levou o rapaz a rapidamente ao uso abusivo.

“Vinha abusando disso por anos. Fazia nos fins de semana. Comecei a ficar doente o tempo todo. Para ser honesto, não achei que tivesse a ver com óxido nitroso, era bem ingênuo. Então comecei a sentir formigamento nos pés”, detalhou em entrevista ao jornal The Sun.

De acordo com os médicos dele, a substância causou sérios danos nos nervos do rapaz, deficiência de vitamina B12 e degeneração da medula espinhal, deixando-o paralisado.

A falta de controle muscular fez as mãos do britânico se retraírem “como as de um dinossauro”, além de levar à incontinência urinária e fecal, forçando o rapaz a usar fraldas por cinco meses.

“Minhas mãos estavam começando a dobrar como pequenas mãos de dinossauro e eu não conseguia pegar meu telefone direito. “Meu controle intestinal começou a falhar e eu me cagava. Não consegui fazer xixi por seis dias porque meus nervos e músculos falharam na metade inferior do meu corpo”, lembrou.

 

 

Connor passou três meses internado no hospital e outros quatro meses em uma unidade de reabilitação para tentar resgatar os movimentos que tinha antes. Além disso, ele recebeu injeções de vitamina B12 nas pernas a cada dois dias durante três meses.

As mãos do jovem inglês começaram a melhorar lentamente e ele conseguiu ficar em pé pela primeira vez no Natal de 2022. Hoje ele se locomove com o auxílio de muletas.

A experiência traumática incentivou o rapaz de 27 anos a divulgar fotos e vídeos do processo de reabilitação para alertar outros jovens sobre os riscos do gás do riso.

Em um dos registros, Connor aparece tendo espasmos nas pernas devido aos danos nos nervos. “Nunca pensei que isso pudesse ou iria acontecer e agora arruinou minha vida. Fiquem longe dos balões, crianças”, aconselha.