Dor e despedida

13/08/2024 11:00

Caixões de PRF que atuava em MS e esposa são unidos por alianças em velório

Casal estava no avião da Voepass que caiu na sexta-feira (9) em Vinhedo, SP

13/08/2024 às 11:00 | Atualizado 13/08/2024 às 13:13 Dayane Medina
RBS TV/Rede social

Os caixões do PRF (Policial Rodoviário Federal) Hiales Carpine Fodra, 33 anos, que atuava em Naviraí e da esposa, Daniela Schulz Fodra, estão unidos pelas alianças do casal durante o velório, nesta terça-feira (13), em Ubiratã, no Paraná. Os dois são vítimas da queda do avião ATR-72 da Voepass na sexta-feira (9), em Vinhedo, interior de São Paulo.

Entrelaçados por uma fita branca, as alianças unem os caixões no momento de despedida.

Hiales e Daniela moravam no Paraná e estavam a caminho dos Estados Unidos para que Daniela participasse de uma competição de fisiculturismo.

Amigos e familiares prestaram homenagens ao casal.

Hipótese de gelo nas asas

A hipótese do gelo nas asas surgiu entre pilotos e especialistas em entrevistas dadas desde a sexta-feira, principalmente por causa de boletins meteorológicos divulgados naquele dia. Mas também por um acontecimento há 30 anos, com um ATR nos Estados Unidos.

Um voo entre Indianápolis e Chicago caiu, de forma muito parecida com o caso brasileiro, e chegou-se à conclusão de que teria sido gelo. O sistema usado pelo ATR, que infla uma borracha na ponta da asa e expulsa a água congelada, não funcionou.

Oficialmente, as investigações mal começaram. Técnicos do Cenipa, da própria empresa e até especialistas estrangeiros vão analisar todos os dados para chegar a uma conclusão.

Em resposta ao Fantástico, a VoePass Linhas Aéreas respondeu que informações relacionadas à investigação serão restritas à Aeronáutica e outras autoridades. Mas não falou sobre a questão no palito improvisado no botão que acionava o sistema antigelo.

Aliás, sobre esse sistema e os problemas com o ar-condicionado, a empresa apontou que o ATR estava “aeronavegável”. E o avião cumpria as exigências das autoridades.

Por fim, garantiu que respeita as legislações trabalhistas. E que, agora, todos na VoePass se esforçam para dar apoio às famílias das vítimas.