Polícia

há 4 meses

Mãe repudia ataque de motorista de ônibus contra filho em terminal: 'nada justifica'

Ela frisou que o funcionário do transporte público é quem partiu com a violência

30/07/2024 às 17:50 | Atualizado 30/07/2024 às 18:04 Vinicius Costa
Caso aconteceu no Terminal Bandeirantes - André de Abreu

A mãe do rapaz, de 18 anos, que teria sido agredido por um motorista de ônibus no Terminal Bandeirantes, em Campo Grande, no final da tarde desta segunda-feira (29), afirmou que nada justifica a agressão e que a violência partiu do funcionário do Consórcio Guaicurus.

A mulher entrou em contato com a reportagem e disse que achou uma injustiça que as pessoas nem sequer ouviram seu filho, que foi a parte agredida na história, além de ver o ventilador recém-comprado, ser quebrado durante a confusão com o motorista.

"Eu acho uma injustiça as pessoas nem ouvirem quem foi agredido dentro do ônibus, ele também é trabalhador, estava voltando do serviço. Nada justifica a agressão e o motorista jogou o ventilador para fora, chegou até quebrar, meu filho tinha recém-comprado", explicou a mulher.

Segundo um fiscal de transportes, que testemunhou o ocorrido, o passageiro estava sentado na parte da frente do ônibus, antes da catraca, local que é preferencial. Ao chegar no terminal, ele teria sido orientado pelo motorista a descer para adquirir uma passagem, como pede o protocolo da empresa.

O jovem, no entanto, teria se recusado a sair do ônibus, pois tinha deficiência. Ele teria ainda dito que, se fosse necessário, pagaria até mesmo outra passagem, pois carregava um ventilador consigo. O motorista, então, teria pegado o ventilador e colocado para fora do ônibus, na tentativa de obrigar o homem a descer. O passageiro teria ficado nervoso com a atitude e atirou a mochila do motorista para fora do veículo.

O funcionário também teria se alterado e, irritado, tentou retirar o homem a força do ônibus. Durante os puxões, ambos acabaram com pequenos ferimentos pelo corpo.

Ainda para a reportagem, a mãe do rapaz frisou que não foi filho que disse ser especial e sim, uma testemunha que o conhece desde da escola.

"Escutaram só os guardas que nem estavam no momento que ocorreu, muito menos o fiscal, porque se fosse meu filho que tivesse agredido, ele estaria preso ou apanhando", complementou.

O caso está sendo investigado e foi registrado na delegacia como lesão corporal dolosa.