há 4 meses
Com risco de ter esôfago fechado, família espera há 4 meses por consulta urgente para Lucas
Com a indefinição e demora do SUS, família criou vaquinha e pede ajuda para tratamento de saúde do bebê
Dyully enfrenta uma batalha atrás de um acompanhamento médico ao filho Lucas Honório Filho, de apenas 10 meses. Ele nasceu com atresia de esôfago, uma grave malformação que impossibilita a passagem de alimentos para o estômago e precisa de acompanhamento urgente para ver evolução do tratamento.
Conforme a mãe, desde o nascimento, Lucas tem enfrentado uma batalha constante pela vida, passando por cirurgias e enfrentando complicações graves. Ela relata a trajetória dolorosa desde o nascimento do filho, em Corumbá, onde a família mora.
"Ele nasceu e precisou ser reanimado. Foi para o oxigênio, e quando tentaram passar uma sonda, ela não entrava. Foi entubado e transferido com urgência para Campo Grande. Com três dias de vida, ele passou por uma cirurgia de sete horas, lutou muito pela vida, usou dois drenos, fez três transfusões de sangue devido a uma anemia severa, e teve infecção. Após longos 52 dias, finalmente tivemos alta".
No entanto, mesmo com a alta hospitalar, os desafios continuaram. "Voltamos para Corumbá e, com um mês e meio, retornamos para consultas e exames em Campo Grande. Agendaram as próximas consultas para fevereiro, antes dele completar 6 meses e iniciar a introdução alimentar. Porém, quando fomos confirmar a data dias antes, a consulta foi negada", explica.
Desde então, a agenda da médica está fechada, afirma Dyully. Segundo a família, quando buscam marcar o acompanhamento em Corumbá, eles são informados que precisam marcar em Campo Grande, no entanto, na Capital, os mandam novamente a Corumbá.
A falta de acompanhamento médico preocupa a família, pois Lucas corre o risco de ter o esôfago fechado novamente, o que pode causar engasgos ou até mesmo asfixia.
"Ele já está com 10 meses e precisamos correr contra o tempo para que nada de ruim aconteça com ele. Vamos para outro estado numa clínica especializada, mas teremos muitos gastos com consultas, exames, despesas de viagem e estadia", conta Dyully.
Devido à situação financeira, a família decidiu criar uma vaquinha beneficente para arrecadar fundos necessários para o tratamento de Lucas.
"Somos autônomos e no momento não temos condições de arcar com todos esses gastos. Pensei bem antes de pedir ajuda aos nossos amigos, familiares e conhecidos, mas prefiro pedir ajuda hoje enquanto meu filho está bem do que precisar pedir numa tragédia", confessa a mãe.
O objetivo é arrecadar R$ 40 mil para cobrir os custos de consultas particulares com cirurgião pediatra, cardiologista, neurologista, além de exames como ecocardiograma, tomografia do crânio, raio-X do crânio, e exames de visão e audição. Os exames são essenciais para garantir que Lucas não tenha ficado com sequelas devido ao tempo sem oxigênio durante o nascimento, afirma Dyully.
Como contribuir?
Quem desejar contribuir com a vaquinha, os valores estão sendo arrecadados via PIX pela chave 4944627@vakinha.com.br ou pelo site da Vakinha através do link: https://www.vakinha.com.br/4944627.
"Lucas faz acompanhamento na Apae para o desenvolvimento motor e, graças a Deus, está super bem, cada dia mais esperto, mas não podemos esperar mais pelo SUS. Não sabemos quando essa consulta vai sair. É difícil, queremos agilizar quanto antes", finaliza.
A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande) e com a SES (Secretaria de Estado de Saúde) a respeito do tratamento a Lucas e aguarda retorno.