Interior

02/07/2024 18:16

Morto por causa de S-10, morador foi amarrado e levou tiro na cabeça em Chapadão do Sul

Ele chegou a pedir socorro a vizinhos, mas casal de criminosos deixou o local

02/07/2024 às 18:16 | Atualizado 02/07/2024 às 17:59 Thiago de Souza
Corpo foi enterrado em plantação de algodão - Reprodução Diário Chapadense

Sidinei Batista, 50 anos, foi morto com tiro na cabeça, instantes após ladrões o renderem para roubar uma caminhonete em Chapadão do Sul, dia 28 de junho. Ele foi enterrado em uma plantação de algodão na zona rural da cidade. 

A Polícia Civil local e a Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros, o Garras, desvendaram o crime e prenderam um casal pelo crime de latrocínio e duas pessoas por receptação. 

Sobre a morte, o casal de suspeitos, de iniciais C.S.S., 22 anos e W.R.V.B., 33 anos, contou que Sidnei reagiu durante o roubo e por isso foi amarrado e colocado na caçamba da caminhonete. Ele chegou a pedir socorro aos vizinhos, mas foi amarrado e colocado na carroceria da caminhonete.

Os autores, diz a Polícia Civil, seguiram até uma estrada na saída de Chapadão do Sul, em meio a uma plantação de algodão. No local, tiraram a vítima da caçamba, que novamente reagiu e levou um tiro na cabeça. Em seguida o enterraram e vieram para Campo Grande, vender e esconder o carro.  

Investigação 

Durante as diligências, policiais do GARRAS receberam a informação de que a caminhonete da vítima teria sido localizada por uma equipe do Batalhão de Choque da Polícia Militar, em frente a uma residência, situada no Bairro Universitário.
 
Com isto, equipes do GARRAS, com apoio da Perícia Papiloscópica da Polícia Civil, realizaram levantamento das impressões digitais encontradas no veículo, verificando que, na porta do motorista foi identificado um fragmento de impressão digital pertencente a W.R.V.B., indivíduo que, conforme sistemas policiais, residia em Chapadão do Sul. Na sequência, foi descoberto que o carro teria sido escondido por L.O.R., que foi contratada por R$ 200, para esconder o veículo roubado.

O carro seria comprado por M.F.U.S., que está custodiado no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, pela quantia de R$ 1 mil e 100 g de cocaína.

Na sede do Garras, L.O.R. e M.F.U.S., relataram que não participaram do roubo do veículo, tampouco tinham conhecimento a respeito do paradeiro da vítima, pois apenas teriam comprado o automóvel roubado de W.R.V.B.

L.O.R. teria encontrado com W.R.V.B. e com a mulher dele, chamada C.S.S., em uma pousada no Bairro Universitário e os guiou para levar a camionete até o imóvel onde o veículo ficou escondido. Os investigadores então seguiram com as buscas e conseguiram encontrar os autores do latrocínio em um segundo hotel, no Bairro Universitário, onde eles foram capturados.

A calça e camisa de W.R.V.B. estavam com diversas manchas de sangue da vítima. W.R.V.B. e C.S.S. confessaram a dinâmica do crime, indicando às equipes do GARRAS o local onde teriam ocultado o corpo. Diante das informações sobre a possível localização do cadáver da vítima, até então desaparecida, o GARRAS comunicou à equipe da Delegacia de Polícia de Chapadão do Sul, que conseguiu encontrar a vítima, enterrada em uma plantação de algodão em Chapadão do Sul/MS.

Sendo assim, W.R.V.B. e C.S.S foram autuados em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver e indiciados por latrocínio, enquanto L.O.R. e M.F.U.S. foram autuados em flagrante pelo crime de receptação, permanecendo custodiados à disposição da Justiça.